Os ganhos de quota de mercado em Portugal, aliados ao crescente contributo dos negócios internacionais possibilitaram, neste período, a manutenção do volume de negócios consolidados. Desde o início do ano a área de retalho especializado incrementou a sua presença em Espanha, entrou na Turquia, Egito e Cazaquistão, sendo que hoje a Sonae tem mais de 125 lojas no exterior, ou seja, 23% das lojas de retalho do grupo já estão fora de Portugal. A este respeito e analisando o caso português, Paulo Azevedo, CEO da Sonae, refere que “face à retração do rendimento disponível das famílias, esperamos, durante o 4.º trimestre, alguma deterioração das vendas no universo comparável de lojas em Portugal”, no entanto mostra confiança na persecução dos objetivos da empresa.
No retalho alimentar as vendas aumentaram 2% para 2,421 milhões de euros, valor que incorpora cerca de mais 1% nas vendas no universo comparável de lojas, apesar da continuação dos efeitos de trading down levado a cabo pelos consumidores em Portugal. Quanto ao retalho especializado, apesar da forte quebra do mercado, a Sonae SR registou um desempenho superior ao mercado, atingindo novos ganhos de quota nos seus principais formatos, “indicadores de comportamentos de vendas melhores do que a média de mercado”.
Com o EBITDA consolidado a atingir os 481 milhões de euros e o EBITDA recorrente a ascender a 471 milhões de euros, representando 11,3% do volume de negócios global, a Sonae mantém os referenciais de rentabilidade. As medidas de eficiência e de otimização da estrutura de custos permitiram a sustentação das margens do EBITDA a um nível semelhante às do período homólogo.
O investimento da Sonae ascendeu a 235 milhões de euros, essencialmente devido ao desenvolvimento das operações internacionais e à remodelação e manutenção dos ativos em Portugal. Na área do retalho, a Sonae abriu novas lojas em Portugal, incluindo uma loja Continente Modelo e nove lojas Sonae SR, algo que o grupo espera um retorno positivo.
Olhando para os resultados, de forma alargada, Paulo Azevedo esclarece que “os primeiros nove meses de 2011 ficaram marcados pelo anúncio de varias medidas de austeridade na Península Ibérica, que se refletiram já num recuo significativo do consumo privado, particularmente pronunciado nos segmentos não alimentares. Neste contexto adverso, a Sonae reforçou o compromisso de estar ao lado do consumidor, procurando apresentar sempre as propostas de valor mais atrativas, nomeadamente através do reforço da nossa oferta de marca própria”.
