Em declarações à Lusa, o presidente da FIPA, Jorge Henriques, colocou “sérias reservas” em relação ao que definiu como “um ataque” ao rendimento das famílias e sublinhou: “não há nenhum povo que possa resistir sem alguma medida de esperança e estas medidas são de uma frieza tal que não deixam qualquer esperança”.
Relativamente ao ajustamento da Taxa Social Única (TSU), considerou que a medida “não traz nada de positivo relativamente à estabilidade do emprego” e agrava a já difícil situação das famílias.
“O abaixamento do poder de compra compromete seriamente a competitividade das empresas devido à diminuição drástica do consumo” e até mesmo o impulso exportador da indústria nacional “porque retiram todo o oxigénio do mercado interno”, criticou o dirigente da FIPA.
Para mostrar que o ajustamento da TSU não é compensatório para as empresas, o presidente da FIPA exemplificou que, uma empresa que obtenha uma redução de 700 mil euros por via do abaixamento da TSU pode ver a sua faturação baixar cinco milhões de euros devido à retração do consumo.