A Verifone Systems quer reinventar o retalho e divulgou uma lista das medidas que o setor deve concretizar para garantir um negócio de sucesso na era do mobile e para responder da melhor forma ao novo perfil de consumo dos clientes.
“Os retalhistas vão ter que mudar a forma como olham para o seu ponto de venda (Point-Of-Sale-POS), especialmente numa altura em que a mobilidade é parte integrante da vida dos consumidores e o mobile commerce apresenta um potencial de expansão impressionante, ao permitir que os clientes adquiram bens através do telemóvel, naveguem nas lojas, consultem informação, análises e recomendações acerca de produtos. A infraestrutura de POS de um retalhista é uma das principais armas para chegar aos consumidores na loja e para influenciar favoravelmente o seu comportamento para uma compra”, explica a empresa numa nota enviada às redações.
“Os processos de pagamento serão cada vez mais uma parte integral de todo o processo de vendas, razão pela qual o mercado já disponibiliza vários elementos como o hardware, o poder de processamento, as aplicações, a conectividade e a funcionalidade digital, que podem ajudar os retalhistas a responder de uma forma cada vez mais precisa e personalizada às necessidades dos consumidores”, refere João Girardi, general manager da Verifone Portugal.
O grande desafio para os retalhistas passa por ultrapassar a complexidade em termos de integração e aproveitar todo o potencial que a tecnologia móvel tem para oferecer, sem compromisso para o seu negócio core e para a segurança que está assente na infraestrutura de POS.
De acordo com a Verifone, os seis passos que os retalhistas devem ter em conta são:
1. Esteja preparado para explorar as plataformas NFC
“Há muito que a eficácia e o potencial do NFC deixou de ser questionado. Os fabricantes estão cada vez mais a apostar nesta tecnologia e todos os estudos mais recentes apontam para uma recetividade muito positiva por parte dos consumidores e um crescimento significativo da sua utilização a curto prazo”, revela a Verifone. Esta aceitação global vai obrigar os retalhistas a adotarem a tecnologia NFC para não perderem a capacidade competitiva num mercado onde os consumidores procuram cada vez mais serviços e ofertas personalizadas.
2. O potencial do POS não se esgota nos pagamentos
“A tecnologia NFC tem a capacidade de oferecer comunicações bidirecionais e em tempo real entre o comerciante e o consumidor. Com esta tecnologia, os retalhistas podem facilmente transformar os seus pontos de venda em verdadeiros pontos de interação que oferecem aos clientes funcionalidades de checkout mais inteligentes e seguras”, indica ainda a empresa.
3. Explore o que o POS lhe pode oferecer
As tecnologias móveis vão dar origem a novas oportunidades de fidelização, promoção e construção de marca. “Isto vai obrigar a um novo nível de criatividade e de envolvimento entre os departamentos de marketing e de comunicação. As empresas deverão certificar-se que todos os departamentos relevantes da organização estão envolvidos, informados e atualizados relativamente ao comércio móvel: os retalhistas podem inclusive ter que efetuar investimentos adicionais ou proceder a uma realocação de orçamentos de marketing para cobrir eventuais iniciativas promocionais que podem alavancar o comércio móvel como uma plataforma de comunicação e satisfação, gerando mais receitas”, explica.
Assim, os retalhistas devem pensar em programas que permitam o uso de cartões presente virtuais, de fidelização e de descontos no POS, a recolha de informação sobre os consumidores através de dispositivos de pagamento e a introdução de métodos de pagamento alternativos para criarem POS móveis, que podem ser usados dentro e foras da loja.
4. Seja socialmente ativo
“Os social media podem ajudar as empresas a criar e a promover brand awareness. O Facebook, por exemplo, pode servir como um grupo de amostragem que oferece aos retalhistas alguma informação sobre as preferências dos clientes. Já os sites de compra em grupo poderão promover a marca da empresa, aproveitando a força atrativa da componente promocional. Ao analisarem os comentários dos clientes, bons ou maus, os retalhistas podem mais facilmente agrupar os seus clientes em segmentos específicos, com base nos produtos e serviços que poderão ser mais apelativos para cada um deles”, defende a empresa.
5. Escolha parceiros flexíveis
A Verifone explica também que para que o comércio móvel consiga atingir o seu verdadeiro potencial, “a grande maioria dos dispositivos de pagamento que estão ativos no mercado necessitam de ser atualizados.”
Esta atualização vai mais além da simples instalação de um leitor NFC. “É necessário um upgrade em termos de software para que o POS possa interagir com os clientes e gerir um modelo de negócio centrado nos serviços, nas novas aplicações e em futuras integrações.”
6. Otimize os gastos
Por fim, a Verifone afirma que “muitos retalhistas estão atualmente a substituir os seus POS para suportarem os mais recentes standards PCI. As lojas com grandes volumes de transações de baixo valor em dinheiro poderão também investir em equipamentos contactless. Todos os investimentos que forem feitos atualmente em termos de infraestrutura para POS deverão contemplar o suporte para a tecnologia NFC, sob penas de os retalhistas ficarem comprometidos em termos competitivos.”
Da loja física para o online e depois para o móvel, o desafio para os retalhistas passa agora por uma uniformização da sua interface com o cliente. Os consumidores passam cada vez mais tempo online através de acessos móveis, razão pela qual os retalhistas estão a concentrar-se nas plataformas móveis como a ponte de ligação entre os produtos físicos e as lojas do mundo digital.
“O sucesso dos retalhistas vai assentar essencialmente na diferenciação da sua marca, em relação à sua concorrência, e na relação de proximidade e confiança que conseguir estabelecer com os clientes, através de todos os canais que tem à disposição. A inovação e os novos desenvolvimentos tecnológicos apresentaram novas ferramentas ao mercado retalhista que podem revelar-se trunfos essenciais não só em termos de expansão de negócio, mas também ao nível do marketing direcionado, da fidelização de clientes, entre outros pontos”, conclui.