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Retalho

Comércio de rua do Porto cresce a bom ritmo

Comércio de rua do Porto cresce a bom ritmo

O comércio de rua na cidade do Porto está a evoluir de forma “muito positiva”. De acordo com o mais recente estudo da Cushman & Wakefield, na última década, a aposta em lojas de rua na cidade tem evoluído positivamente por força de fatores como a legislação e a intervenção camarária em muitos eixos no centro histórico.

De acordo com o estudo, o Porto é cada vez mais procurado enquanto destino turístico, tendo sido o principal responsável pelo aumento em cerca de 70% no número de turistas na zona Norte na última década. Para além disso, “a própria dinâmica do setor de retalho tem vindo a adaptar-se a um consumidor cada vez mais informado e exigente e com maior apetência para o comércio de conveniência”, refere.

Nesse sentido, nos últimos dez anos, as zonas históricas de comércio de rua no Porto, nomeadamente a Baixa e Clérigos, registaram um aumento do stock de 80 novas lojas. “A oferta diversificou-se, com as cadeias nacionais e internacionais a praticamente triplicarem o número de lojas, e os retalhistas tradicionais a modernizar-se e inclusive a implementar novos conceitos de retalho, particularmente no setor da restauração. No total, este último passou a representar 21% do stock nestas zonas, sendo que o maior crescimento se registou no lazer & cultura, o qual agrega atualmente 12% do número de lojas”, explica a consultora.

Segundo a Cushman & Wakefield, “os eixos de comércio no centro histórico têm-se expandido, beneficiando das sinergias criadas pela proximidade entre si e especializando-se em termos de tipo de oferta. Subindo da zona da Ribeira até ao Largo de São Domingos, nos quais existe uma oferta maioritária de restauração, passa-se pela Rua Mouzinho da Silveira ou pela pedonal Rua das Flores. Encontra-se o também renovado Largo dos Loios e a Avenida dos Aliados, ainda com uma oferta reduzida mas elevado potencial. Esta representará a confluência entre a zona trendy dos Clérigos, onde se encontra o Passeio dos Clérigos, e a zona mass market da Baixa, a qual irá beneficiar dos projetos do Mercado do Bolhão e do Bonjardim City Block.”

Os valores de mercado do comércio de rua espelham este aumento: a renda prime em Santa Catarina subiu 15% para os 57,5 euros por metros quadrado por mês e a yield prime contraiu 75 pontos base para os 6%, o que reflete uma valorização das lojas nas melhores localizações em 30%, para os 11 500 euros por metro quadrado.

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