A Auchan Portugal vai adquirir 100% da operação do grupo DIA em Portugal. A transação de cerca de 155 milhões de euros está agora sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência e prevê-se a sua conclusão nos meses seguintes.
Segundo explicado em comunicado, o perímetro da operação da DIA em Portugal inclui as 489 lojas da insígnia Minipreço e Mais Perto, em próprio ou franchisado, três armazéns, além dos contratos, licenças e ativos necessários para a operação.
O acordo entre a Auchan e a DIA estabelece a integração dos 2 650 colaboradores do Minipreço, e prevê o reforço da posição da Auchan no formato de proximidade, graças à grande capilaridade da insígnia Minipreço em todo o país.
Por seu lado, o grupo DIA aposta em sair deste mercado para se centrar no seu foco estratégico, a distribuição alimentar de proximidade, nos países onde tem uma posição de relevância.
“Como demonstram os resultados, entramos numa fase de consolidação do crescimento e o nosso objetivo é que a DIA se concentre nos países onde tem potencial de crescimento. Para isso é necessário enfrentar o cenário atual e simplificar o perímetro do grupo DIA”, explica o CEO Global do grupo DIA, Martín Tolcachir. “A decisão de vender o nosso negócio em Portugal não foi fácil, mas é a acertada para centramos os nossos esforços nos mercados onde somos mais relevantes e temos capacidade de crescer com uma única insígnia, Dia.”
Para o diretor-Geral da Auchan Retail Portugal, Pedro Cid, “esta aquisição representa uma forte aposta da Auchan, ao juntar a sua experiência de mais de 50 anos de hipermercados em Portugal ao segmento de proximidade e também ao modelo de franchising, que é um dos pontos fortes do Minipreço”.
O grupo DIA começou a sua atividade em Portugal em 1993. Nos últimos anos tem enfrentado um longo processo de reestruturação que levou a que, por exemplo, fechasse as operações da Clarel em Portugal.
No início do ano, tinha sido noticiado a possibilidade do DIA abandonar a operação portuguesa, após a multinacional ter contratado s serviços do banco de investimento Société Générale como assessor financeiro, para estudar a venda do seu negócio em Portugal.
Na altura, em reação oficial, o departamento de Relações Exteriores, explicava que o grupo estava “focado na operação diária” e que estudava “diversas oportunidades de investimento e desinvestimento”.