Depois de um longo processo de reestruturação que levou a que, por exemplo, o DIA fechasse as suas operações da Clarel em Portugal, pensasse em sair totalmente de Portugal com a marca Minipreço ou ‘dispensasse’ lojas em Espanha da sua insígnia alimentar, a turbulência na empresa, mais concretamente na cúpula diretiva, parece ainda não estar sanada.
De acordo com o noticiado em Espanha, os acionistas minoritários estão a tomar uma posição contra as opções dos gestores, com a Western Gate Private Investments Limited (Western Gate), proprietária de 2,18% do capital social da DIA, a pedir mais transparência na gestão e a mostrar-se contra uma opção de renovação de cargos na administração.
Neste sentido, a Western Gate anunciou, recentemente, que votaria contra a ratificação da nomeação por cooptação e reeleição de Benjamin J. Babcock como diretor proprietário da empresa, pedindo, a este propósito, a necessidade de levar em consideração os interesses dos acionistas minoritários, muitas vezes negligenciados pelo Conselho de Administração da empresa.
“A Western Gate gostaria de destacar que dois terços dos acionistas minoritários presentes na Assembleia Geral votaram contra o sexto acordo. Na nossa opinião, isso demonstra claramente que os acionistas minoritários desejam que os seus interesses sejam representados no conselho”, começa por referir nota tornada pública.
“Perante este resultado, a Western Gate considera que o Conselho de Administração deve ter em conta a vontade dos acionistas, respeitando as opiniões dos mesmos e concedendo-lhes a representação que lhes corresponde no referido órgão”, sentencia-se sobre este tema.
Relembre-se que, no que toca ao mercado português, há ainda alguma incerteza sobre qual será o futuro da insígnia, isto depois de no início do ano ter sido noticiado que a empresa estaria a estudar a possibilidade de abandonar a operação em Portugal.
A reação oficial do DIA quanto ao possível fim das operações em Portugal
