Em Portugal, 80% dos encarregados de educação revelam ter uma opinião favorável à substituição dos manuais em papel por manuais digitais. De acordo com os mais recentes dados Observador Cetelem, 26% dos inquiridos concordam totalmente com esta transição e 55% referem a concordam parcialmente. Por outro lado, 10% dos encarregados de educação inquiridos não concordam nem discordam, 6% discordam em parte e 2% discordam totalmente
Segundo o estudo, a concordância é maior entre inquiridos com estudantes no 3.º ciclo (85%) e menor no 1.º ciclo (73%), sendo que a maioria considera que esta seria uma medida positiva para o ambiente (89%).
No que respeita à preparação para este regresso às aulas, este ano aumenta a intenção de obter os manuais ao mesmo tempo que se compra outro material (39%, mais 5p.p.), ainda que a maioria dos portugueses inquiridos (51%) afirmem que vão obter o restante material escolar para os estudantes a seu cargo num momento diferente da aquisição dos livros escolares. Uma realidade que se verifica com maior peso entre quem tem estudantes no secundário a seu cargo a Sul (80%).
Este ano, 70% dos encarregados de educação inquiridos afirmam obter os manuais gratuitamente através de programas do Estado/Autarquias, percentagem que aumenta para 89% entre os inquiridos que têm estudantes a seu cargo no Ensino Público desde o 1º Ciclo ao Secundário.
Ainda, 36% referem a intenção de comprar manuais novos, sendo que alguns inquiridos têm dependentes em diferentes tipos e graus de ensino, não estando todos abrangidos pelos programas de manuais gratuitos. O estudo refere que 11% pretendem usar os manuais de familiares e amigos, 5% obterão junto de uma instituição e 9% comprarão em segunda mão. Aos inquiridos foram apresentadas todas estas hipóteses, podendo ser assinalada mais do que uma resposta e indicar outras não apresentadas.
De acordo com o estudo do Observador Cetelem Regresso às Aulas, foi possível concluir que este ano 49% dos inquiridos pretendem iniciar as suas compras com duas semanas de antecedência. Cerca de 17% dos inquiridos pretendem realizar as compras uma semana, sendo que 6% pensam comprar apenas quando as aulas começarem. Há ainda 17% que afirmam ter-se antecipado e começaram as compras de material escolar um mês antes. Aquando da realização do inquérito, 11% ainda não sabiam quando iriam fazer as suas compras.
É sobretudo entre os residentes na região Sul e na Grande Lisboa (62% e 57% respetivamente) que se identificam mais inquiridos a começar a preparar o início do novo ano letivo com a antecedência de duas semanas, seguidos dos residentes no Grande Porto (50%). Comprar mais próximo do início do ano escolar – uma semana antes ou quando as aulas já começaram – ganha mais expressão na região Norte do país (27%).
O relatório permitiu ainda concluir que 63% dos encarregados de educação costumam comprar o material escolar num momento único, optando pelo início do ano escolar. Já 33% repartem essas compras ao longo do ano (5% NS/NR). Esta tendência verifica-se mais entre os portugueses que têm estudantes a seu cargo no Pré-Escolar (71%) ou no 2º Ciclo (69%). Mas também entre os encarregados de educação do Grande Porto (90% compram num momento único), seguidos da região Norte (68%). No Sul (69%) e na região da Grande Lisboa (36%) há um maior equilíbrio em termos de número de inquiridos que compram material ao longo do ano.