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O que há de novo no universo digital dos pagamentos? Conheça as tendências para 2023

O que há de novo no universo digital dos pagamentos? Conheça as tendências para 2023

O número de consumidores online cresceu para 56% em Portugal em 2022, atingindo aproximadamente 6 milhões de utilizadores e espera-se que este número aumente para 70% em 2026, de acordo com um estudo da Associação da Economia Digital (ACEPI).

O mesmo estudo revela que o volume de negócios gerado através do comércio eletrónico em 2021 ultrapassou os 121 mil milhões de euros, representando 56.5% do PIB nacional.

 

Os compradores online em Portugal aumentaram mais em 2020 e 2021 e as grandes e médias empresas portuguesas apresentam uma maior taxa de e-commerce do que a média da União Europeia.

2022 foi, em muitos aspetos, um ano de transição. Mesmo lidando com a incerteza económica, as empresas continuam empenhadas na mudança global de pagamentos em numerário para pagamentos digitais. A transição para o digital tem sido cada vez mais evidente, mas existem outras preocupações por parte do consumidor no ato de efetuar pagamentos. Conheça as cinco tendências projetadas pela Visa no setor dos pagamentos para 2023.

 

– Consumidores mais conscientes e sustentáveis

As preocupações com a sustentabilidade e as alterações climáticas refletem-se nos comportamentos e nos padrões de consumo. O recommerce – ou comércio circular, em que o aluguer, a recarga, a reparação, a revenda, a devolução e a redistribuição de bens estão na base de escolhas mais sustentáveis – está a ganhar popularidade, “com 69% dos consumidores (que participaram num recente inquérito da Visa) a afirmarem que escolheriam retalhistas com base nas suas atividades de recommerce.

 

Um segundo inquérito sobre o Futuro da Mobilidade Urbana concluiu que “91% dos viajantes inquiridos esperam que os pagamentos contactless passem a fazer parte da sua experiência de transporte”, tornando-a mais “inclusiva, eficiente e sustentável, tanto para os passageiros, como para os operadores”. No último trimestre do ano passado, a Trevo (Transportes Rodoviários de Évora) anunciou a adoção de uma plataforma digital da Ubirider, a Pick, que, além de outras funcionalidades operacionais, disponibiliza pagamentos no uso do transporte públicos com a colaboração da Mastercard. Évora tornou-se, assim, a primeira cidade portuguesa a disponibilizar pagamentos contactless com cartões ou dispositivos móveis em toda a rede de transportes públicos.

– B2B prevê uma versão 3.0

 

A preferência das empresas por poderem pagar e ser pagas através do telefone está a aumentar, prevendo-se, assim, um aumento dos pagamentos móveis B2B.

Em comunicado, a Visa adianta que cada vez mais as empresas B2B estão a oferecer a possibilidade de pagamentos online, e espera-se que 80% das transações B2B, até 2025, sejam digitais. “A digitalização do processo comercial continuará a acelerar estas transações e as ofertas de pagamento integradas, muito além dos cheques e faturas em papel.” A tendência dos pagamentos digitais verifica-se também nas transações dos Governos, que estão a fazer progressos neste sentido, por exemplo, sob a forma de reembolsos para os cidadãos.

– O Inverno cripto e os crescimentos paralelos

Como consequência das recentes falhas de liquidez no universo cripto, a Visa prevê que as plataformas de mercado descentralizado em todo o mundo se esforcem por assegurar a segurança e a divulgação de informações credíveis aos seus clientes.

Num futuro mais imediato, pode ler-se em comunicado, “assistiremos a um enfoque contínuo por parte de Governos, bancos centrais, instituições financeiras tradicionais e fintechs, em dinheiro e pagamentos programáveis – seja para o CBDC, criptomoedas ou outras formas de moeda fiduciária tokenizada. Para breve, esperamos que os pagamentos através da Web3 incluam folhas de pagamento e micropagamentos em stream e reembolsos internacionais”.

A tecnologia de NFT foi também referida como um foco de aposta por parte das marcas, que pretendem construir novas experiências digitais, libertar potencial para novos tipos de comércio, pagamentos e experiências de fidelização.

Aumento da segurança para fazer face às fraudes

A fraude na identificação sintética (fraude de identidade) é considerada uma “ameaça emergente”, particularmente para as pequenas empresas − os principais alvos −, por disporem de menos recursos ou conhecimento.

Tudo isto significa que a segurança e a confiança continuarão a ser críticas e, por isso, a aposta na inovação dos sistemas de autenticação e na proteção dos utilizadores, “com ferramentas como o EMV 3D Secure (EMV 3DS)”, serão fundamentais para “ajudar a tornar mais seguro o comércio eletrónico global em tempo real”, explica a empresa.

– Viagens ao estrangeiro exponenciam os gastos no retalho

Um outro estudo realizado recentemente pela Visa − Visa Business and Economic Insights − revelou um aumento generalizado no valor médio gasto por viajante no estrangeiro entre junho e agosto de 2022, um dado relevante para o retalho e para as tradicionais categorias de viagens, como hotéis, restaurantes e entretenimento. Os dados revelam que “as compras efetuadas por turistas estrangeiros recuperaram em 63% dos 500 destinos mais visitados antes da pandemia – um número que provavelmente continuará a crescer em 2023”.

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