Trust organizations – Quando é a confiança que move a organização
A Confiança é um exemplo completo de um «universal humano» e está na base dos processos de interação e transação que produzem um grupo, uma organização, um produto, um serviço ou uma sociedade. Sem ela qualquer organização humana acabaria por colapsar! É o que nos diz Paulo Finuras professor de Comportamento Organizacional no Instituto Superior de Gestão (ISG) e especialista no domínio da gestão intercultural, do Fator Confiança na Liderança e da Bioliderança.
Para a organização do futuro a confiança é um elemento-chave da cultura organizacional. Afinal, as organizações são feitas de e por pessoas e a confiança é o «fermento» que torna sólidas as relações interpessoais.
Uma trust organization «é feita de pessoas confiáveis, que trabalham juntas num ambiente que estimula e reforça ativamente a confiança entre colaboradores e restantes stakeholders».
E como trabalhar a confiança? Precisamente através da aposta no conhecimento e na colaboração entre as pessoas da equipa. Este é um ponto de partida sólido na construção de uma organização assente na confiança.
As trust organizations estão empenhadas em incorporar a confiança na sua vida diária e conhecer os impactos e transformações que tem nas suas pessoas e no negócio de forma ativa e sistemática. Para isso avaliam os níveis de confiança, desenvolvem métricas para a quantificar e monitorizar.
De que é feita uma trust organization? Eis algumas pistas:
- Credibilidade: as palavras e as ações da liderança devem ser consistentes;
- Respeito: apoio ativo no crescimento profissional dos colaboradores e consideração das suas opiniões;
- Justiça: tratamento justo de todos os colaboradores independentemente da posição que ocupam;
- Transparência: tornar claro para todos como funciona a organização, quais são as expectativas, missão, valores e propósito da organização;
- Cooperação: trabalho em equipa, tolerância ao erro, incentivo da participação e inovação;
- Partilha: comunicação clara e contínua;
- Propósito: forte senso de propósito compartilhado.
Ganhos significativos de produtividade, retenção de talento, melhorias na gestão de situações de crise e na comunicação são alguns dos benefícios de uma cultura de confiança. Já a desconfiança pode ser desastrosa. Pode criar ambientes de trabalho disfuncionais, além de poder ter ainda um elevado custo financeiro e reputacional.