A Samsung está a trabalhar em várias iniciativas com um objetivo comum: prolongar a vida de equipamentos móveis desatualizados. O objetivo é contribuir para reduzir o volume de lixo eletrónico, que se acumula a uma velocidade cada vez maior com rápida evolução tecnológica e a constante troca de produtos por outros mais recentes.
A fabricante sul coreana tem agrupado estes trabalhos na iniciativa Upcycling e já mostrou alguns resultados. Uma das áreas onde está a trabalhar é no reaproveitamento de versões mais antigas do seu topo de gama para minerar Bitcoins. A demonstração foi feita num evento, e relatada pelo site Motherboard.
A Samung demonstrou como é possível usar o seu Galaxy S5, lançado em 2014, para este fim. Na demonstração recorreu a oito unidades do modelo, lançado em 2014, e explicou que a plataforma permite desempenhar melhor e de forma mais eficiente esta tarefa, que um computador equipado com a segunda geração de processadores Intel Core.
Um dos principais trunfos do smartphone no desempenho da tarefa, comparativamente ao PC, está na energia consumida, que no caso do smartphone é menor. Por enquanto não há mais detalhes do projeto, mas com a popularidade da moeda digital a crescer é provável que o tema assuma destaque.
A mineração de bitcoins é o processo que faz funcionar o sistema de validação e suporte ao funcionamento da moeda digital, conhecido por Blockchain. O poder de processamento que os “mineiros” cedem ao sistema para fazer o registo e validação de cada transação em bitcoins é compensado com novas moedas digitais.
É um negócio rentável, mas cada vez mais competitivo. O potencial retorno está diretamente relacionado com a capacidade de computação alocada e quanto maior for a capacidade para fazer cálculos, maiores serão também os custos de eletricidade associados ao funcionamento das máquinas usadas. O futuro dirá se ideias inovadoras, como a apresentada pela Samsung, podem ser uma via para trazer eficiência ao processo e maximizar ganhos.
