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Pagamentos

Mais de metade das transações em 2024 foram feitas com dinheiro vivo

Dinheiro é o método de pagamento mais aceite pelas empresas da UE iStock

Apesar do avanço dos meios de pagamento digitais, o dinheiro físico continua a desempenhar um papel relevante em Portugal, sobretudo em transações de menor valor e entre consumidores mais velhos.

Segundo o Relatório de Emissão Monetária do Banco de Portugal, com base no estudo do Banco Central Europeu sobre os hábitos de pagamento na Zona Euro, em 2024, o numerário foi utilizado em 52% das transações nos pontos de venda, uma queda face aos 59% registados em 2022.

 

No que diz respeito ao valor total dos pagamentos, o numerário representou 39%, ficando atrás dos cartões bancários (45%), mas muito à frente das aplicações móveis (7%).

O relatório mostra que, embora 55% dos consumidores prefiram pagar com cartões ou meios digitais, uma parte considerável ainda valoriza o dinheiro físico: 22% preferem pagar com numerário e 64% consideram importante manter essa opção disponível.

 

A utilização de numerário é particularmente comum em transações até 30 euros e entre pessoas com mais de 65 anos, que representam 57% dos utilizadores frequentes deste meio de pagamento. Já os consumidores com menos de 40 anos recorrem ao dinheiro físico em menos de metade das suas transações.

O estudo também destaca a diminuição da aceitação de numerário pelos comerciantes desde 2021. A percentagem de empresas que o aceitam caiu 7 pontos no retalho, 10 na restauração e 13 na hotelaria.

 

Apesar da redução da utilização, o numerário em circulação aumentou em valor e quantidade no último ano: 2,4% e 1,3%, respetivamente. No entanto, a emissão líquida de notas em Portugal diminuiu 4,1 mil milhões de euros, refletindo uma maior eficiência na recirculação de numerário, de acordo com o Banco de Portugal.

O banco central verificou em 2024 a genuinidade e qualidade de 404,6 milhões de notas e 89,7 milhões de moedas, tendo destruído 104,3 milhões de notas e mais de 485 mil moedas por estarem impróprias para uso. Este processo gerou 88,2 toneladas de fragmentos, que foram incinerados para valorização energética.

 

No que diz respeito à segurança, o número de contrafações de notas e moedas manteve-se baixo: foram identificadas 11.039 notas falsas e 2.601 moedas falsas em circulação.

 

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