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Vendas do grupo DIA Portugal crescem 4,3% no 1.º trimestre

O processo de aumento de capital do grupo DIA foi concluído com sucesso. O aumento consiste em 1,028 milhões de euros.

Depois de tempos conturbados, o grupo DIA apresentou os seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020, indicando que, em Portugal, a operação Minipreço, incluindo a insígnia Clarel, aumentaram 4,3% face ao mesmo período de 2019, totalizando 149 milhões de euros, comparando, assim, com os 143 milhões de período homólogo.

No que concerne as vendas Like-for-Like (LfL), o grupo refere que o crescimento da operação portuguesa foi ainda maior (mesmo a maior do grupo), alcançando uma evolução de 9,3% face ao mesmo período de 2019.

 

No comunicado que acompanha a divulgação destes resultados, o grup refere que “as vendas líquidas aumentaram apesar da redução de 5% no número de lojas em consequência do encerramento das lojas que se encontravam em localizações não estratégicas e/ou com fraco rendimento”. Além disso, as vendas comparáveis positivas em fevereiro, foram “impulsionadas por uma maior frequência de entrega de mercadoria nas lojas, bem como, pela melhoria da oferta comercial de produtos frescos”.

Globalmente, o grupo DIA alcançou vendas líquidas de 1,696 mil milhões de euros nos primeiros três meses de 2020, o que significa uma quebra de 2,1% face aos 1,733 mil milhões alcançados em período homólogo de 2019, admitindo o grupo que se tratam de vendas líquidas “estáveis apesar de um decréscimo de 11,7% no número de lojas e do impacto negativo do efeito cambial no Brasil”.

 

De referir que o grupo reduziu o seu parque de lojas em 11,7%, passando de 7.367 lojas para 6.506 unidades.

Em Espanha, maior mercado para o grupo, os resultados mostram uma evolução das vendas de 1,9% face aos primeiros três meses de 2019, totalizando 1.060 milhões de euros, com as vendas LfL a crescerem 7,8%.

 

Relativamente ao mercado espanhol, o grupo refere que “as vendas líquidas aumentaram apesar de uma redução de 11,2% da rede de lojas, como consequência do encerramento das lojas situadas em localizações não estratégicas e/ou com fraco rendimento”.

No que toca ao cenário recente, o grupo indica um “aumento significativo” das vendas líquidas em março, devido ao COVID-19, como consequência de compras de armazenamento antes do confinamento, assim como o incremento das compras durante o confinamento com o maior consumo de alimentação nos lares, em detrimento de outros canais”.

 

Além disso, deu-se, igualmente, um “aumento da capacidade de venda online para satisfazer a procura dos clientes; reforçou-se o quadro deste canal com 1.000 contratações e 8 lojas foram convertidas para a preparação de pedidos online, chegando assim a mais clientes em cerca de 500 povoações”.

A maior quebra nas vendas do grupo foi registada no Brasil, onde a quebra foi de 23,1%, passando de 327 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2019, para 251 milhões de euros no período em análise. O grupo admite, no entanto, uma “nova estratégia comercial lançada no final de fevereiro, com um aumento significativo da oferta de surtido aos consumidores”.

Mas a sul, na Argentina, os resultados foram positivos, com uma subida de 5,6% face a período homólogo de 2019, fazendo com que as vendas subissem de 223 milhões de euros para 236 milhões de euros. As vendas LfL, no entanto, tiveram o mesmo comportamento da operação no vizinho Brasil. Ou seja, se em terras de Bolsonaro a descida foi de 7,8%, o mercado argentino decresceu 5,4%.

Uma nova estrutura para novos tempos
Em maio de 2019, a nova equipa de gestão do grupo DIA, liderada por Karl-Heinz Holland, deu início a um plano de transformação integral para dar resposta à situação da empresa, cuja primeira fase tinha como foco três eixos principais: (i) atrair e incorporar talento em todos os níveis e áreas de negócio da empresa de forma a alavancar a transformação; (ii) restabelecer os conceitos básicos do negócio de distribuição no Grupo, incluindo uma nova proposta de valor comercial e as melhores práticas operacionais em toda a cadeia de abastecimento e na rede de lojas; (iii) criar um novo modelo organizacional do Grupo, baseado numa liderança nacional e autónoma e capacitada com plena responsabilidade sobre os resultados e estrategicamente apoiada pela área corporativa do Grupo.

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Stephan DuCharme foi nomeado Presidente Executivo para liderar a fase seguinte do grupo DIA

Cumpridos doze meses, esta fase inicial do programa de transformação da DIA foi completada e o novo modelo organizacional está já definido com as nomeações de novos CEO para Espanha e Brasil: Ricardo Álvarez e Marcelo Maia, respetivamente.

No seguimento da conclusão desta primeira fase do processo de transformação da DIA, Karl-Heinz Holland irá deixar o seu cargo, tanto de Conselheiro Delegado como de membro do Conselho de Administração, no próximo dia 20 de maio.

Stephan DuCharme, atual Presidente Não Executivo do Conselho de Administração do grupo DIA, passará a Presidente Executivo, de forma a fornecer orientação estratégica à equipa sob a alçada do novo modelo organizacional. “Uma área corporativa eficiente irá concentrar-se no objetivo e estratégia da empresa, na transformação digital, na comunicação estratégica, nas relações institucionais, no desenvolvimento da liderança e do talento e nas finanças corporativas”, informa o grupo no comunicado.

De referir que Stephan DuCharme liderou, em nome da L1 Retail, o investimento inicial do grupo DIA como Presidente Não Executivo do Conselho desde maio de 2019.DuCharme foi CEO do X5 Retail Group, a maior cadeia de supermercados da Rússia, entre 2012 e 2016, e desde novembro de 2015 exerce o cargo de Presidente Não Executivo do X5 Retail Group.

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