Em 2019, a taxa de utilização de papel reciclado na indústria papeleira subiu 1,5% em comparação com o ano anterior, atingindo o valor mais alto de sempre. Um “marco histórico”, de acordo com os dados revelados em comunicado pela CELPA – Associação da Indústria Papeleira.
Segundo o comunicado, também foi registado um crescimento da taxa da reciclagem de papel, que aumentou para os 72% em relação aos 71,7% verificados em 2018.
Em 2019, dos 90 milhões de toneladas de papel e cartão produzidos na Europa, 54,6% foram feitas a partir de fibras recicladas.
“Estes resultados são excecionais e confirmam o empenho e o compromisso na sustentabilidade, na promoção da economia circular, quer dos consumidores quer da indústria. Ambos estão sintonizados na importância da reciclagem, adotando comportamentos que permitem resultados históricos”, salienta Luís Veiga Martins, secretário-geral da CELPA.
De acordo com os dados compilados pela CEPI – Associação Europeia da Indústria Papeleira, 84,2% da madeira consumida pela indústria é de origem europeia e “24% da madeira utilizada é proveniente de fontes circulares”, como serralharias e outras indústrias que têm na madeira a sua matéria-prima.
Quanto à produção dos associados da CEPI, “manteve-se estável no ano passado, demonstrando uma posição robusta nos mercados de destino. Da produção total, 22% destina-se a mercados fora da Europa”, refere o comunicado.
No segmento pasta, a produção cresceu 6,1% em 2019, fruto de avultados investimentos para aumentar a sua capacidade e as exportações dispararam 48%.
Luís Veiga Martins refere ainda que “nos primeiros cinco meses deste ano, e devido ao impacto da pandemia Covid-19, a produção de papel e cartão recuou 4,5%, ainda assim um valor relativamente pequeno, face à queda de 20,4% do conjunto das indústrias transformadoras”.