No que às práticas e à gestão das TI diz respeito, a Europa está dividida em dois, com países como França, Espanha e Benelux a liderarem a mudança e a inovação. A conclusão é do estudo anual sobre tecnologias de informação da Claranet, que todos os anos apresenta a evolução dos países europeus face às TI.
A edição deste ano revela que existe “uma clara divisão entre os países da Europa ocidental e a sua forma de gerir as tecnologias de informação, com os CIO a reportarem disparidades claras na utilização da cloud, DevOps e frequência na atualização de aplicações.”
Segundo o estudo, França, Espanha e Benelux são os mais progressistas nas práticas de TI, enquanto o Reino Unido, a Alemanha e Portugal estão um pouco mais atrás, mais “resistentes à mudança”.
Como referem os resultados, “72% das aplicações no Benelux e 64% em França estão alojadas na cloud”. No Reino Unido, na Alemanha e em Portugal essa percentagem desce para 50%, 55% e 47%, respetivamente.
Para além disso, “apenas 34% das aplicações portuguesas e 40% das do Reino Unido são atualizadas todas as semanas, um valor significativamente mais baixo que no Benelux (61%) e Espanha (56%).”
“Os negócios necessitam de uma grande capacidade de transformar-se e inovar constantemente, pois só desta forma se conseguirão manter relevantes. Caso contrário, correm o risco de serem ultrapassados por novos negócios ou modelos mais disruptivos” indica Charles Nasser, Fundador e CEO da Claranet.
“Na Europa, podemos concluir que os negócios estão constantemente a reinventarem-se adotando práticas inovadoras, com fortes níveis de adoção de cloud pública e DevOps reportados há mais de um ano, no entanto, é claro que alguns países estão mais à frente que outros, face a esta transformação. Esta análise aponta para uma divisão na Europa. De um lado França, Espanha e Benelux, que estão rapidamente a abraçar práticas de gestão de TI inovadoras, e de outro Reino Unido, Alemanha e Portugal que aparentemente estão a ficar para trás. Este distanciamento poderá dever-se a considerações práticas, tais como restrições regulatórias ou orçamentais que deixam os líderes de TI de mãos atadas, ou mesmo questões culturais. Serão estes países mais avessos ao risco que os vizinhos europeus e como tal, menos desejosos ou capazes de inovar? Independentemente das razões, se querem ser bem-sucedidos, seja a nível nacional como internacional, as organizações do Reino Unido, Alemanha e Portugal devem olhar para os melhores desempenhos da Europa e encontrar novas formas de incorporar as práticas de TI mais inovadoras. É aqui que os fornecedores de serviços de TI assumem um papel crítico enquanto guias nesta transição. Não só pela sua própria oferta de serviços inovadores, como também no suporte, permitindo aos negócios terem mais tempo para inovar”, conclui.