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Logística

Barcelona aprova ‘Taxa Amazon’ para regulamentar entregas

Com o boom do comércio digital e com o proliferar dos serviços de entrega ao consumidor muitas cidades viram-se a braços com novas dificuldades naquilo que é a regulamentação do seu território. Quer seja por um aumento de tráfego nas zonas citadinas quer pela necessidade de reorganização do espaço público, muitas autarquias e municípios estão a adotar medidas para encontrar um melhor equilíbrio para todas as partes.

Agora, em Espanha, mais concretamente em Barcelona, está a ser testada a criação de uma nova regulamentação, apelidada ‘taxa Amazon’, para tentar precisamente isso. Segundo o explicado pela publicação InfoRetail e pela comunicação social do país vizinho, esta taxa está relacionada diretamente com o comércio eletrónico, que estará a ‘estrangular’ também o comércio local.

 

O grande aumento da entrega de encomendas enviadas através dos grandes operadores postais de comércio eletrónico tem um impacto negativo no congestionamento do tráfego e no aumento da poluição, e supõe um desequilíbrio da concorrência com o comércio local”, considera Ada Colau, chefe do executivo de Barcelona.

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Segundo o explicado, o regulamento agora proposto estabelece que só estarão sujeitas a este novo decreto as empresas que apresentem receitas brutas superiores a um milhão de euros obtidas com entregas nos destinos finais indicados pelos consumidores em Barcelona. Para lá deste facto o valor que o grupo de operadores terá de pagar não pode ultrapassar os 2,6 milhões de euros, sendo que “a taxa será também aplicada no caso de uma empresa subcontratar a atividade a outras empresas ou trabalhadores independentes, mas a portaria prevê que o operador postal terá de a pagar.”

 

De acordo com esta proposta, as a distribuição realizada para lojas da cidade, com a finalidade de serem comercializadas na fase de retalho (entre empresas), estarão isentas de imposto, bem como as atividades de entrega em lojas de retalho para venda presencial.

 

A iniciativa não inclui, também, a distribuição para pontos de recolha, o que significa que as empresas não terão de pagar a taxa se a encomenda for entregue num desses pontos, ao invés da morada do consumidor. Não estão igualmente abrangidas as empresas de entregas de refeições, como a Uber Eats, Glovo ou Bolt Food.

Segundo estimativas da Câmara Municipal, serão 26 as plataformas que terão de pagar esta nova taxa, sendo que estarão também excluídas as entregas em veículos ‘verdes’. Dessas 26, cinco concentram 62% do volume de negócios na capital, com a Amazon no topo. Entre outras, também haveria plataformas como DHL, Seur ou UPS.

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