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Transporte de mercadorias

Restrições nos portos chineses podem causar estragos maiores que em 2021

Com vários países a cortarem nas restrições associadas à Covid-19, abolindo, por exemplo, a obrigatoriedade de uso de máscara em espaço público, a China continua a defender-se do novo coronavírus com lockdowns sucessivos de várias regiões do país.

Estes lockdowns, tal como nos dois anos anteriores, estão a ter um impacto significativo no transporte de mercadorias, com muitos bens a ficarem retidos nos portos que não trabalham devido às restrições impostas pelo governo de Pequim.

 

A Bloomberg tenta, por isso, antever os problemas que poderão ‘restar’ para os restantes países, lembrando diversas personalidades auscultadas por esta publicação que os impactos na cadeia de abastecimento podem ser severos.

“Esperamos um problema maior do que no ano passado”, disse Jacques Vandermeiren, diretor executivo do Porto de Antuérpia, o segundo mais movimentado da Europa em volume de contentores. “Esta situação terá um impacto negativo e um grande impacto para todo o ano de 2022.”

 

Com a economia chinesa a contabilizar 12% de todo o comércio global, apesar da recuperação nas transações sentidas no último ano, o cenário, agora, é novamente de disrupção. “Esta situação acelerou a necessidade premente de as cadeias de abastecimento se tornarem mais regionais”, afirmou Lorenzo Berho, CEO da Vesta, desenvolvedora mexicana de edifícios industriais e centros de distribuição. “A globalização como a conhecemos pode estar chegando ao fim”, acrescentou este CEO.

Para fechar, a Bloomberg lembra que “ainda leva em média 111 dias para que as mercadorias cheguem a um armazém nos EUA a partir do momento em que estão prontas para deixar uma fábrica asiática, perto do recorde de 113 estabelecido em janeiro e mais que o dobro do tempo de viagem registado em 2019”, de acordo com Flexport Inc., sediada em São Francisco.

 

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