O governo aprovou, ontem, em Conselho de Ministros, Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), parte integrante do Portugal 2030. Está previsto um investimento superior a 20 mil milhões de euros para infraestruturas.
Neste contexto, o PNI 2030 será o instrumento de definição das prioridades de investimentos infraestruturais estratégicos de médio e longo prazo, nos setores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia.
O setor dos Transportes e Mobilidade inclui Rodovia, Ferrovia, Mar-Portuário, Aeroportuário, Mobilidade e Transportes Públicos.
No debate quinzenal dedicado ao Programa Nacional de Investimentos, realizado hoje na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, referiu que “o desenvolvimento do país não é compaginável com a transitoriedade dos ciclos políticos, nem pode depender da vontade de cada Governo”, exigindo “uma vontade coletiva que coloque o interesse e o futuro do país em primeiro lugar”.
E sublinhou que chegados a 2019, “alcançámos um consenso novo em todas as bancadas desta Assembleia: o investimento público é considerado essencial por todos partidos representados neste Parlamento”.
A proposta de Programa Nacional de Investimentos 2030 a entregar ao Parlamento tem “por base o amplo consenso económico, social e político obtido sobre as linhas orientadoras para o Portugal 2030”, projetando “uma visão de médio prazo tendo em vista reforçar a competitividade externa e a coesão interna como as bases de convergência continuada e sustentada com a União Europeia”, salientou António Costa.
A proposta ainda “será submetida à avaliação do Conselho Superior de Obras Públicas que, entretanto, foi reconstituído para que se pronuncie sobre as vertentes técnica, económica, financeira e ambiental”.
António Costa afirmou ainda que tem o objetivo de que o Programa “seja aprovado pela maior maioria possível, desejavelmente superior a 2/3 dos deputados, de modo a assegurar a estabilidade do Programa de Investimentos ao longo de vários ciclos políticos”.
 Alguns dos principais projetos relativamente ao setor da logística e transportes são:
Ferrovias
- Quadruplicação da Linha do Norte: 1.500 milhões de euros
- Programa de Segurança Ferroviária, Renovação e Reabilitação e Redução de Ruído: 375 milhões de euros
- Programa de melhoria de terminais multimodais incluindo a sua acessibilidade ferroviária: 105 milhões de euros
Rodovia
- Programa de Construção de ‘Missing´Links’ 260 milhões de euros. Inclui a variante à EN14 – Maia/Famalicão (PETI3+): Via Diagonal -Santana, incluindo Ponte S/ Ave; Via do Tâmega –Troço Corgo/A7; IC9 – A23/Ponte de Sôr e IC13 -P.Sôr-/ Alter Chão / Portalegre; IC35 – Penafiel/Entre-os-Rios; IC 11 — Peniche-Carregado (1.ª fase)
- Programa Arco Ribeirinho Sul, Ligação à A2: 200 milhões de euros
- Programa de alargamentos/aumentos de capacidade: 195 milhões de euros para variantes Urbanas na EN125, reformulação dos nós da VCI e noIC2/EN1 o aumento de capacidade em Alenquer, Condeixa e Leiria
- Sines –Beja: 130 milhões de euros
- Programa de Valorização das Áreas Empresariais (PVAE) – Fase II: 110 milhões de euros
Rodovia/Ferrovia
- Programa de Conectividade Rodoviária e Ferroviária Transfronteiriça: 200 milhões de euros.
- Programa de acessos rodo e ferroviários aos aeroportos nacionais: 130 milhões de euros
- Programa de adaptação de infraestruturas de transportes às alterações climáticas: 75 milhões de euros
Mobilidade e Transportes Públicos
- Descarbonização da Logística Urbana: 450 milhões de euros
- Promoção da Mobilidade Elétrica: 360 milhões de euros
Setor Aeroportuário
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª fase, a 1ª será realizada até 2022): 507 milhões de euros
- Outros investimentos (ANA): 200 milhões de euros
Setor Marítimo Portuário
- Porto de Sines: 940 milhões de euros
- Porto de Lisboa: 665 milhões de euros
- Porto de Leixões: 379 milhões de euros
- Porto de Setúbal: 124 milhões de euros
- Porto de Aveiro: 113 milhões de euros
- Via Navegável do Douro: 102 milhões de euros
- Programa de investimentos ‘não core’: 90 milhões de euros