Quantcast
Produção

FIPA preocupada com OE 2024. “Orçamento está desligado da realidade”

Exportações da indústria alimentar e bebidas crescem 6,4% no primeiro trimestre

A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares anunciou durante os últimos dias a sua posição relativamente à proposta de Orçamento de Estado para 2024, mostrando-se preocupada com o que apelida de desligamento da realidade do documento face à realidade vivida.

Segundo o explicado, “ainda que considere positivas as medidas que visam a descida do IRS para alguns escalões, bem como o objetivo de baixar o rácio da dívida pública abaixo do 100% do PIB, a FIPA olha para a proposta de Orçamento de Estado para 2024 com preocupação”, começa por referir-se em comunicado.

 

“Uma vez mais, os decisores políticos preferiram o caminho da não harmonização fiscal dos produtos alimentares para a taxa reduzida e optaram pelo agravamento em 10% do Imposto Especial ao Consumo sobre as bebidas refrescantes e as bebidas alcoólicas, com principal incidência na cerveja”, atira-se num segundo ponto, lembrando-se também a falta de incentivo à exportação e atração de investimento externo.

”O momento económico e geopolítico é de incerteza, e a proposta de Orçamento de Estado apresentada pelo Governo mostra-se desligada da realidade do país. Para além de não responder às necessidades da indústria agroalimentar, é um documento com diretrizes que agravam o poder de compra dos portugueses por via dos impostos indiretos. Mantemos, no entanto, a esperança de que em sede de discussão na especialidade Parlamento e Governo se coloquem de acordo no sentido da melhoria do documento”, explica Jorge Henriques, presidente da FIPA.

 

“A indústria agroalimentar fez e vai continuar a fazer o que lhe compete, mas quantos Orçamentos do Estado mais tem o setor de aguardar para que a tutela agregue a indústria e passe a acompanhar o setor, a inscrevê-lo na agenda política de modo a que ganhe agilidade nacional e internacional e possa competir com os grandes players?”, questiona Jorge Henriques.

A indústria alimentar e das bebidas é composta por 11 mil empresas, que são responsáveis por 110 mil postos de trabalho diretos e mais de 500 mil indiretos. Em 2022, e de acordo com o INE, o setor exportou €7 040 milhões de euros.

 

 

 

 

 

Não perca informação: Subscreva as nossas Newsletters

Subscrever