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Vendas no retalho caem até 5,5% em Espanha e Itália

APED: aumento do IVA terá "grave impacto" nas grandes superfícies

Antecipa-se um cenário negativo em 2012 para o setor do retalho em Espanha e Itália que se traduzirá num declínio das vendas, numa quebra do consumo privado e num aumento dos prazos de pagamento e insolvências, segundo dados apresentados pela Crédito y Caución, no seu observatório setorial Market Monitor.

Em causa está, essencialmente, a elevada dependência do setor em relação ao financiamento externo e ao crédito ao consumo.

Espanha

Entre janeiro e outubro de 2011, o setor do retalho registou um decréscimo de vendas de 5,5% ao ano. O subsetor do retalho não alimentar diminuiu 7,2%, enquanto o subsetor alimentar contraiu 2,7%. Os principais afetados foram os comerciantes independentes que sofreram um declínio de 6,9% mas também, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas espanhol, as cadeias de menor dimensão que sofreram com a redução da procura doméstica. O contexto económico atual alterou o comportamento dos consumidores espanhóis que se estão a tornar mais cautelosos nos seus hábitos de consumo. Já o número de insolvências no setor do retalho registou um ligeiro aumento nos últimos seis meses.

 

Itália

Em Itália, o panorama político económico e financeiro incerto tem desencorajado o consumo privado. Este irá, segundo a Global Insight, contrair 0,1% em 2012. As vendas no setor do retalho italiano, em contração desde 2009, irão diminuir 3,1% em 2011 e 1,6% no próximo ano. Esta queda irá fazer sentir-se principalmente no subsetor do retalho não alimentar: os bens de consumo duradouro perderam a almofada dos incentivos públicos que sustentaram o setor em 2010. Quanto ao subsetor alimentar, apesar de este ter também registado uma quebra na procura, a sua natureza não cíclica faz com que consiga escapar aos piores efeitos crise.

 

As insolvências no setor do retalho deverão aumentar (principalmente no subsetor não alimentar), nomeadamente fruto de deficiências estruturais, tais como a elevada fragmentação, as margens de lucro reduzidas, a fraca retenção de receitas e as modestas bases de capital dos retalhistas italianos.

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