A Tesco encerrou o ano de 2014 com um resultado líquido negativo de cerca de 7,97 mil milhões de euros (6,4 mil milhões de libras), os piores resultados da história da retalhista.
De acordo com a BBC, as perdas da empresa devem-se, sobretudo, à amortização do valor de ativos imobiliários e ao agravamento do fundo de pensões, com o valor das lojas Tesco a registar um prejuízo de 6,5 mil milhões de euros e o défice do fundo de pensões a cair em 1,8 mil milhões de euros.
David Lewis, CEO da Tesco, refere que “tem sido um ano muito difícil para a Tesco. Os resultados que agora publicámos refletem a deterioração do mercado e, mais significativamente, uma erosão da nossa competitividade nos últimos anos. O mercado ainda é desafiante e não esperamos que se levante nos próximos meses.”
Para a retalhista britânica, o ano de 2014 foi um dos mais difíceis de sempre, com irregularidades contabilísticas a serem detetadas e com uma quebra de vendas no Reino Unido e outros mercados onde a Tesco marca presença.
A dívida da Tesco tem agora cerca de 11,8 mil milhões de euros e deverá agravar, com a insígnia a perder quota de mercado no Reino Unido para as discounters Aldi e Lidl, que têm competido com preços ‘agressivos’ e que viram as suas quotas de mercado crescer 0,8% e 0,4%, respetivamente, nos três meses que terminaram a 1 de fevereiro deste ano.
Os analistas europeus já avisaram esta quarta-feira (22 de abril) que para voltar a terreno positivo a Tesco precisa de “fechar mais lojas”, “despedir mais trabalhadores” e abandonar a produção de produtos “menos populares”.
