A sustentabilidade é um tema cada vez mais caro aos consumidores e a circularidade na economia parece estar a ganhar tração. Com cada vez mais consciência, mas também com mais plataformas que permitem a revenda de bens usados em crescimento, os dados relativos à revenda de bens mostram dados muito animadores para este segmento.
Segundo uma pesquisa da ThredUp, divulgada no início de abril, o mercado de revenda de bens, de 2021 para 2022, aumentou o seu volume em 28%, totalizando, em termos mundiais, 177 mil milhões de dólares.
Adianta ainda a mesma pesquisa que os consumidores da geração z e os millenials são os grupos que mais têm impulsionado este mercado, sendo que o aumento generalizado de preços terá motivado um crescimento deste mercado.
Mas há dados ainda mais relevantes. É que com inflação ou não, a ThreadUp estima que o valor deste mercado continue a aumentar significativamente, sendo que daqui a apenas quatro anos poderá praticamente duplicar o seu valor, atingindo os 351 mil milhões de dólares em vendas. Para o imediato, estima-se que de 2023 para 2024 este mercado cresça 10%.
Em termos de consumidores, de acordo com um estudo da GlobalData a mais de 3000 pessoas, 75% mostraram-se dispostos a adquirir um bem usado, sendo que as percentagem sobem ainda mais, até aos 83%, quando considerados indivíduos da Geração Z.
Mais quais as motivações por trás do mercado?
Segundo os dados trabalhados pelo site Digital Commerce 360, fruto da pesquisa da GlobalData, mostra-se que os consumidores inquiridos classificaram o valor acima da qualidade, seleção, conveniência e transparência como o maior motivador para seus gastos.
Porém, 94% dos entrevistados mostraram estar preocupados com o impacto da inflação nas suas finanças, sendo que cerca de um terço dos consumidores da Geração Z afirmou ter adquirido um bem em segunda mão para comprar marcas de luxo que estão fora dos seus orçamentos quando novas.
Os consumidores também estão crescentemente preocupados com o potencial de revenda das suas compras. 82% da Geração Z disseram considerar o valor de revenda das compras antes de comprar, e 42% afirmaram que são menos propensos a comprar um item de roupa com baixo valor de revenda.