Com o crescimento do comércio online o volume de entregas ao consumidor aumentou na mesma proporção. Porém, com as sociedades com crescentes preocupações ambientais, muitos consideram ‘desajustada’ a pegada deixada para trás por cada entrega realizada.
Um novo estudo, desenvolvido junto de consumidores do Reino Unido e levado a cabo pela organização do evento Retail Tecnology Show, mostrou, porém, que os consumidores britânicos (mais de 50%) estariam dispostos a pagar uma taxa extra para entregas caso esta fosse ‘dirigida’ para baixar a pegada carbónica.
Segundo o explicado, cerca de três quartos dos consumidores (76%) disse considerar que os retalhistas podiam fazer mais em termos de sustentabilidade, com mais de dois terços (67%) a afirmar que entregas neutras em carbono deveriam ser uma prioridade ao trabalhar o tema da sustentabilidade no retalho.
Mas apesar de as opções ‘verdes’ estarem no top of mind dos consumidores, quais são os outros eixos em que os consumidores depositam maior expetativa? Segundo a mesma pesquisa, 68% disseram que a velocidade de entrega é a sua principal consideração, seguida pelo custo de entrega não ser muito caro (53%) ou ser grátis (51%).
E onde pode, além destes pontos, melhorar o retalho? Na circularidade. Segundo a mesma pesquisa, 71% dos inquiridos disse acreditar que a oferta de reparação deveria também ser o foco do retalho, sendo que 44% dos inquiridos disse escolher produtos com embalagem reciclável ou reduzida, enquanto que 34% consideram a opção de refill importante.
Matt Bradley, Diretor de Eventos do Retail Technology Show, ouvido pelo site Modern Retail, referiu que “o imperativo do green retail continua a crescer e agora é um dos pilares das escolhas dos consumidores ao fazer compras. Isso significa que terá um impacto cada vez maior em áreas mais amplas do retalho, desde a cadeia de abastecimento até às devoluções e novos formatos, operações e serviços de retalho”.