A Kantar divulgou durante os últimos dias os últimos dados relativamente às posições de dominância do retalho alimentar em Espanha. E há um retalhista alimentar que, apesar de já ter o domínio do mercado, não para de crescer. Falamos, claro está, da Mercadona.
Segundo os dados divulgados pela consultora, em 2024, a retalhista de origem Valenciana, também presente em Portugal, aumentou 0,5 pontos percentuais a sua quota de mercado, atingindo os 26,6%, mais de um quarto do mercado.
O crescimento no mercado espanhol, segundo a Kantar, é explicado pelo facto de a Mercadona ter penetrado em mercados pouco explorados, como o País Basco, no norte de Espanha.
Além do mais, segundo a análise, o crescimento da Mercadona superou inclusivamente o dos seus rivais, incluindo discounters como Lidl e Aldi, que tiveram aumentos na participação no share de mercado de 0,2% e 0,1%, respetivamente.
A atividade promocional impulsionou a participação da Lidl para 6,5%, fortalecendo sua posição como a terceira maior do país. Isso ocorreu às custas do Carrefour, cuja quota d de mercado permaneceu estagnada em 9,8%, o que lhe permite ocupar o segundo posto em termos de quota.
“A participação de mercado da Eroski caiu 0,1 ponto percentual, para 4,3%, e a participação da DIA também caiu 0,2 ponto percentual, encerrando o ano em 3,6%, principalmente devido ao crescimento da Mercadona no País Basco”, explica a publicação espanhola InfoRetail.
Consum ficou em 3,4% (+0,1%), seguida pela Alcampo com 3% (-0,1%) e pela Aldi com 1,7% (-0,1%).
Mercado estável com marcas Próprias em trajetória ascendente
No mesmo relatório, a Kantar faz ainda o balanço do confronto entre marca de distribuição e de fornecedor, começando, contudo, por referir que o mercado espanhol de distribuição de alimentos registou um crescimento de 1,8% em valor e quase nenhuma alteração em volume.
O mercado é cada vez mais dominado por grandes grupos organizados, enquanto o comércio tradicional viu uma queda de 3,6% no volume de vendas em 2024, para 21,2%.
Por outro lado, as marcas próprias continuaram a apresentar um bom desempenho, capturando 44,1% do mercado geral de consumo de bens FMCG, registando um crescimento da sua quota de +1,1%.
A visão do consumidor sobre marcas de distribuição e de fabricante