Em 2015, a quota de mercado da Primark em Portugal superou a quota da Zara em valor e em volume, de acordo com o jornal Público, que cita dados da Kantar Worlpanel. A marca conta já com nove lojas no mercado nacional, uma das quais recentemente aberta em Almada, e pretende abrir a 10ª em Faro.
Em entrevista ao diário nacional, Breege O’Donoghue, membro do conselho de administração da Primark, explica que os baixos preços praticados pela insígnia, em que uma t-shirt chega a custar 2,50 euros, se podem explicar pelos “grandes volumes” produzidos e pelas “margens baixas” ganhas pelo retalhista irlandês.
Sobre o ano de 2015 para a insígnia no mercado nacional, O’Donoghue refere ao Público que “em Portugal, o ano foi bom. Com oito lojas, nove com a do Almada Fórum, localizadas em sítios estratégicos, vemos que os clientes regressam. Somos o número um do mercado em valor e em volume, de acordo com a Kantar.”
O segredo? De acordo com a Primark “tem que ver com a boa relação entre qualidade e preço. O blazer que tenho vestido custou 26 euros, está muito bem acabado e já o usei muitas vezes. Penso que tem que ver como facto de darmos ao cliente um bom produto por um bom preço. Somos um negócio de grandes volumes e este é um dos motivos pelos quais podemos ter estes preços. O ano passado vendemos 405 milhões de pares de meias e mais de 260 milhões de T-shirts. Não gastamos dinheiro em patrocínios, fazemos publicidade apenas quando temos abertura de lojas, temos um sistema eficiente de apoio às lojas, uma boa cadeia de abastecimento e [relações de] longevidade com os nossos 700 fornecedores, pagamos a tempo, compramos em volume e com o maior tempo de antecedência possível para dar tempo aos fornecedores de planearem a produção. Compramos o tecido o mais perto possível da fábrica e temos uma margem mais pequena do que a nossa concorrência.”