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Portugueses não estão preparados para despesas inesperadas

Portugueses não estão preparados para despesas inesperadas

Metade dos consumidores, em muitos dos países desenvolvidos, lutam para fazer face a despesas inesperadas, sendo que os portugueses não são excepção. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela TNS em associação com professores da Harvard Business School e do Colégio Dartmouth, sobre “Literacia Financeira e Comportamentos Financeiros de Risco”.

Metade dos consumidores, em muitos dos países desenvolvidos, lutam para fazer face a despesas inesperadas, sendo que os portugueses não são excepção. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela TNS em associação com professores da Harvard Business School e do Colégio Dartmouth, sobre “Literacia Financeira e Comportamentos Financeiros de Risco”.

 

A análise realizada mostra que muitos dos consumidores, particularmente em Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha e México, não possuem actualmente recursos para fazer face a despesas inesperadas, como sejam uma súbita reparação do carro ou da casa ou ainda outros gastos menores relacionados com a saúde.

 

 

No caso português, por exemplo, quase metade dos inquiridos (44%) referiu que não teria possibilidade de pagar uma despesa inesperada de 1500 euros, nos próximos 30 dias. Este cenário é similar para americanos, ingleses ou alemães que referiram que não teriam capacidade para avançar com este valor, independentemente de este ser proveniente de poupanças, empréstimos, amigos ou familiares. O México apresentou o pior cenário com 58% dos inquiridos a referirem serem incapazes de encontrar fundos para fazer face a este tipo de despesa.

 

Em contraposição, os luxemburgueses são mais confiantes, com 9 em cada 10 entrevistados a assumirem ter condições para avançar com dinheiro nesta situação. Em Itália, Holanda e Canadá cerca de 7 em cada 10 entrevistados mostram-se igualmente confiantes perante a possibilidade de enfrentarem uma despesa inesperada.

 

 

Para Peter Tufano, da Harvard Business School, «estes números não são apenas reflexo do desemprego ou do número crescente de agregados familiares com menores rendimentos. Em muitos países existe uma fragilidade financeira generalizada, com um número significativo de consumidores da classe média extremamente vulneráveis a emergências financeiras súbitas».

 

Cartões de crédito não são solução

 

Os inquiridos não esperam recorrer ao crédito para fazer face a uma despesa inesperada. Cartões de crédito e um segundo emprego não são opções populares para resolver ou lidar com emergências financeiras deste tipo.

 

O Canadá (28%), o Luxemburgo (27%), os EUA e o Reino Unido são os países que apresentam maior número de inquiridos (cerca de 20%) com propensão para utilizar cartões de crédito. Em Portugal apenas 8% dos inquiridos referiram recorrer a eles como forma de resolver a situação, assim como um segundo emprego não é uma opção muito válida, num contexto de emergência económica (15% dos inquiridos).

 

Por outro lado, no nosso país vender pertences é apenas indicado por 4% dos inquiridos e vender a casa não faz parte das opções a considerar na resolução de uma emergência financeira.

 

Em Portugal o estudo foi realizado pela TNS, que entrevistou 1011 indivíduos com 18 anos ou mais, representativos da população portuguesa. Os dados foram recolhidos em Julho de 2009, através de entrevistas telefónicas.

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