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O mundo em 2050: DHL lança cinco visões sobre o futuro

O mundo em 2050: DHL lança cinco visões sobre o futuro

Clima instável, megacidades e produtos altamente personalizados estão entre as previsões da empresa de logística alemã Deutsche Post DHL para o futuro, em 2050.

A DHL desenvolveu um estudo, com o contributo de 42 especialistas, para antever como será o mundo em 2050, tendo em consideração a economia, tecnologia, sociedade e clima.

Frank Appel, CEO da Deutsche Post DHL disse acerca deste estudo que “o ritmo das mudanças acelerou-se rapidamente nos últimos anos e neste complexo clima económico, político e social, tornou-se praticamente impossível fazer previsões lineares. Num mundo onde é cada vez mais difícil de fazer previsões, temos que ampliar os nosso horizonte e pensar em alternativas. Só podemos conceber estratégias robustas e definir o rumo certo se ganharmos uma compreensão a partir de diferentes perspetivas”.

 

O ponto de partida deste estudo baseou-se numa metodologia de análise detalhada dos fatores-chave e da sua relação com as tendências que poderiam ser determinantes para o mundo nas próximas décadas.

As cinco visões para o mundo em 2050: 

 

Cenário 1: “Economia selvagem – colapso iminente”

O mundo é caracterizado pelo materialismo e consumo de massa desenfreado. Este estilo de vida insustentável é alimentado pela exploração incessante dos recursos naturais e um grande desenvolvimento, situação que leva ao aumento da poluição e, inevitavelmente, a mudanças climáticas que provoca o aumento de desastres naturais em todo o mundo. Num mundo em crescimento tumultuoso, a procura por serviços de logística e transporte aumenta exponencialmente.

 

 

Cenário 2: “Eficiência das Megacidades”

 

As “megacidades” emergem como os centros de poder do mundo e o grande epicentro do crescimento sustentável Elas são simultaneamente as principais impulsionadoras e as beneficiárias da mudança de paradigma em direção a um crescimento mais “verde e ecológico”. Para superar os desafios colocados pela expansão das estruturas urbanas, como sejam os congestionamentos e as emissões poluentes, as megalópoles tornaram-se campeãs da colaboração. A robótica revoluciona o mundo da produção e dos serviços. Os consumidores mudam os seus hábitos: os produtos passam a ser cada vez mais alugados em vez de adquiridos.

 

Cenário 3: “Estilo de Vida personalizadas”

Este cenário descreve um mundo onde a individualização e consumo personalizado são penetrantes. A fabricação personalizada de produtos e a sua reciclagem acelerada permitem a produção ecológica e promovem a sustentabilidade. Os consumidores têm a capacidade de criar, projetar e fabricar seus próprios produtos. O desenvolvimento das impressoras 3D é essencial para esta realidade. Isto leva a um aumento do fluxo do comércio regional, apenas as matérias-primas e os dados continuam a circular no mundo. Os sistemas de personalização e de produção regional são complementados por redes de energia e infraestruturas descentralizadas. Para o setor da logística sobra apenas uma necessidade muito reduzida de transporte para longas distâncias de produtos prontos ou semi acabados devido à localização das cadeias de valor.

 

Cenário 4: “O protecionismo paralisante”

Este cenário descreve um mundo onde o processo de globalização foi parado, devido a dificuldades económicas, ao nacionalismo exacerbado e ao surgimento de barreiras protecionistas. O desenvolvimento de novas tecnologias deixou de ser uma prioridade e foi deixado completamente para trás. Simultaneamente a falta generalizada de recursos eliminou a mentalidade descartável e levou à produção de produtos de duráveis. Os elevados preços da energia e a drástica escassez da oferta levam a conflitos internacionais para o controle dos recursos energéticos. O setor da logística é então confrontado com os desafios colocados pelo declínio no comércio mundial e a regionalização das cadeias de abastecimento que daí resultam.

 

Cenário 5: “Resiliência Global – Adaptação Local”

Este cenário descreve um mundo muito marcado por um alto nível de consumo e que é sustentado por uma produção automatizada de baixo custo. As alterações climáticas, aceleram e acabam por provocar catástrofes naturais frequentes. Estes desastres veem perturbar as cadeias de abastecimento e as estruturas de produção, provocando falhas repetidas de abastecimento. O novo paradigma económico aposta na transição para um estado onde se otimiza a eficiência, procurando simultaneamente reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência. A transformação radical dos sistemas de produção redundantes e a preferência pelas cadeias de abastecimento regionais ao invés dos sistemas globais anteriores, criam condições à economia mundial global para melhor resistir à adversidade.

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