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Novos comportamentos de consumo em tempos de crise

Novos comportamentos de consumo em tempos de crise

Em tempos de crise, a alimentação, saúde e lazer são as despesas mais sacrificadas pelas famílias europeias. No entanto, o lazer apresenta uma dupla faceta, já que os consumidores apenas aceitam sacrificar-se quando o poder de compra é mais limitado.

Face à crise instalada, os consumidores europeus são obrigados a fazer escolhas e sacrifícios no momento de ir às compras. Esta realidade explica a transformação dos hábitos de consumo dos europeus, onde prevalece a procura de novas estratégias que permitam uma melhor rentabilização dos orçamentos familiares. 

 

 

Na Europa, em média, é a alimentação que ocupa o primeiro lugar das despesas que obrigam a alguns sacrifícios, seguindo-se a saúde e, por fim, o lazer. Segundo os resultados do “Observador Cetelem”, 21% dos europeus afirmam que em caso de aumento do poder de compra privilegiariam a qualidade da alimentação.

 

 

Em contrapartida, e num cenário de diminuição do poder de compra, 24% dos euro-consumidores admitem reduzir as suas despesas com tabaco e bebidas alcoólicas. Factos que são tanto mais fáceis de entender à medida que se multiplicam as campanhas de promoção para uma alimentação mais saudável e equilibrada.

 

 

A nível da saúde, existe um conjunto de cuidados que as famílias europeias tendem a prescindir em tempos de crise: tratamentos dentários ou oftalmológicos são relegados para um segundo plano.

 

 

Portugueses não abdicam do lazer

 

O lazer é a única despesa que apresenta uma dupla faceta, já que os consumidores apenas aceitam sacrificar-se quando o poder de compra é mais limitado.

 

De referir, por exemplo que o mercado nacional de entretenimento movimentou 226 milhões de euros, o que revelou um crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

 

Este é aliás um mercado que nos últimos anos, apesar da diminuição do poder de compra, mantém o interesse dos portugueses que continuam a não abdicar de bens de consumo relacionados com o entretenimento. Produtos como software de entretenimento, filmes e consolas fazem parte das preferências de consumo neste segmento. Todos os produtos referidos registaram um crescimento, quer em valor, quer em volume, à excepção dos filmes cujo valor de aquisição tem vindo a reduzir.

 

Apesar de cerca de 91% dos europeus revelarem estarem aptos a reduzir algumas despesas, as famílias portuguesas gastam uma média de 62€/ano do seu orçamento familiar para adquirir produtos de entretenimento.

 

O “Barómetro Europeu” apresenta a análise de dados recolhidos em 13 países: Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Reino Unido, República, Checa, Eslováquia, Hungria, Sérvia, Polónia e Rússia. As análises e previsões foram efectuadas em Dezembro de 2008 em colaboração com a sociedade de estudos e de consultadoria BIPE.

Para a elaboração do estudo foram realizados inquéritos a mais de 10.000 europeus entrevistados em Dezembro de 2008.

 

O Cetelem acompanha há mais de 50 anos o desenvolvimento do consumo e das cadeias da distribuição no mundo.

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