A Jerónimo Martins apresentou esta semana os resultados dos primeiros seis meses de operação em 2024, verificando-se uma queda abrupta dos lucros do grupo. Segundo o explicado, a queda foi de 29,1%, com a empresa de origem lusa a verificar 253 milhões de euros de lucro.
Em comunicado à CMVM, a Jerónimo Martins informa também que estes resultados incorporam já a dotação a dotação inicial de 40 milhões de euros da Fundação Jerónimo Martins, criada em março.
“Tal como antecipámos, o ano de 2024 tem sido marcado, após um ciclo inflacionário, pelos duros efeitos da combinação de uma acentuada trajetória de correção dos preços alimentares com a subida significativa dos custos”, referiu Pedro Soares dos Santos, CEO do grupo, citado pelo comunicado.
“Sabíamos que, agravada pelo ambiente de consumo contido, a competição pelos volumes seria muito forte e mantivemos o foco estratégico na competitividade, investindo fortemente em preço sem descurar a qualidade global das propostas de valor”, acrescenta o máximo representante da Jerónimo Martins.
Em termos de resultados em Portugal, a empresa informa que o Pingo Doce apresentou vendas de 2,4 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,9% face ao mesmo período do ano passado, enquanto o “like for like” (sem contar novas aberturas de lojas) aumentou 6,1%.
Em termos de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) o Pingo Doce registou 132 milhões de euros, mais 2,4%, tendo a respetiva margem ficado em 5,5%, uma queda de 0,2 pontos percentuais face ao primeiro semestre de 2023
Já quanto ao Recheio, teve uma faturação também positiva de 645 milhões de euros, mais 2,1% do que um ano antes. E um EBITDA de 30 milhões de euros (-6,8%).
Já na Polónia, o seu principal mercado, a Biedronka teve vendas em crescimento (mais 4,5%) em moeda local (com “like to like” de -0,2%), embora em euros tenha sido registado um acréscimo de 11,9%, para 11,5 mil milhões.
Jerónimo Martins lidera retalho em valor financeiro associado a práticas ESG
