O grupo alemão de distribuição de alimentar grossista Metro – que em Portugal detém a Makro – rejeitou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo investidor checo EP Global Commerce por cerca de 5,8 mil milhões de euros e com uma cota mínima de aceitação de 67,5%.
A administração e o conselho supervisor da Metro rejeitaram o preço da oferta da EPGC, detida pelo milionário checo Daniel Kretinsky, por unanimidade por considerá-la muito baixa e recomendou aos acionistas não vender as suas ações. A oferta não reflete o futuro potencial do consórcio, disse a Metro em comunicado.
Além disso, o presidente da Metro, Olaf Koch, também considerou que o financiamento da aquisição é problemático, já que será realizado principalmente com créditos. “Esse endividamento poderia limitar as possibilidades de crescimento e a margem de investimentos da Metro no futuro, que no final também terá que pagar esse endividamento”, adverte Koch.
As agências de risco da Standard&Poor’s e Moody’s já anunciaram que estudarão a operação da Metro e que poderão reduzir o seu rating.
A EPGC ofereceu 16 euros por cada ação ordinária da Metra e 13,80 euros pelos preferenciais, significando isto, que valorizaria a Metro pelos já referidos 5,8 mil milhões de euros.
De referir que Daniel Kretinsky entrou na Metro em agosto do ano passado com o seu parceiro eslovaco Patrik Tka através da EP Global, tendo, até ao momento, assegurado 32,72% dos direitos de voto na Metro, 15,2% do acionista Haniel e 5,4% do Ceconomy.
Recorde-se que o antigo grupo Metro foi dividido em duas empresas: Metro AG, para vendas de alimentares, e Ceconomy, para produtos de eletrónica de consumo. Ambas as operações são independentes e listadas no índice MDAX da Bolsa de Valores de Frankfurt.
A Metro gere, atualmente, 770 supermercados grossistas em 26 países do mundo e possui a rede de supermercados Real.