A DHL Supply Chain divulgou recentemente um novo estudo realizado com decisores de e-commerce em empresa de retalho e bens de consumo relativamente à questão das devoluções de produtos. A perspetiva, neste âmbito, é de necessidade de reduzir custos associados a este processo.
Segundo o explicado, quase metade das empresas inquiridas está neste momento a considerar alterações aos processos de tratamento de devoluções para reduzir o custo e o impacto ambiental das devoluções, isto depois de um aumento do número de devoluções em 19% durante os últimos dois anos.
Para se ter uma ideia, em termos de processos de tratamento das devoluções os retalhistas inquiridos referem ter “dificuldade em processar eficazmente e extrair o máximo valor dos artigos devolvidos”, facto que conduz a perdas financeiras e a desperdícios ambientais.
“De acordo com a investigação, 17% das empresas estão a recorrer à eliminação como principal método de tratamento dos artigos devolvidos que não estão a ser reabastecidos e vendidos”, refere o estudo.
Mas há outros ‘problemas’. A falta de integração entre o e-commerce e outros canais está a aprofundar as dificuldades, isto porque reduz também as formas de reabastecimento e revenda dos artigos devolvidos. A conceção de fluxos e ciclos de produtos da forma mais eficiente e amiga do ambiente é, assim, entendida como fundamental para enfrentar este desafio.
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“Embora o peso financeiro das devoluções esteja a ser sentido de forma mais aguda devido à instabilidade económica global, a preocupação ambiental continua a ser um dos principais motores de mudança. Um terço das empresas declarou que já está a calcular as emissões de carbono associadas às devoluções e o mesmo número planeia começar a fazê-lo. Além disso, quase nove em cada dez retalhistas têm planos ou objetivos para reduzir as emissões de carbono associadas às devoluções”, explica-se ainda.
 Nabil Malouli, Vice-Presidente Sénior de E-commerce & Returns Global da DHL Supply Chain, explica: “Atingimos um ponto de viragem nas devoluções, tanto a nível financeiro como ambiental, e os retalhistas têm razão em examinar os seus atuais processos de devolução e cadeias de abastecimento inversas. A nossa investigação mostra que a experiência do cliente continua a ser a prioridade número um para os retalhistas, mas isso não tem de ser sacrificado com mudanças drásticas nas políticas de devolução.”
“Formas inovadoras de reduzir os volumes globais, combinadas com capacidades de tratamento de devoluções mais sofisticadas, permitem aos retalhistas oferecer reembolsos mais rápidos, reabastecer rapidamente em vários canais, reparar para revenda e reciclar de forma responsável. Este tipo de melhorias tem o potencial de aumentar as receitas e reduzir o desperdício, ao mesmo tempo que melhora a experiência global do cliente”, conclui.