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Brasil desiste de medidas de salvaguarda

Brasil desiste de medidas de salvaguarda

É oficial. O Governo brasileiro anunciou ontem que não vai avançar com qualquer medida de salvaguarda contra os vinhos importados, de forma a proteger os produtores locais. O processo de estudo de aplicação de proteções comerciais fica assim encerrado, o que deita por terra futuras quotas de importação e aumento de taxas alfandegárias, para alívio dos produtores portugueses.

Este anúncio foi feito depois produtores e distribuição brasileiros terem chegado a um acordo de entendimento sobre esta matéria. Os supermercados garantem assim que vão dar mais destaque nas suas prateleiras aos vinhos brasileiros e comprometem-se não só a destacar mais os vinhos nacionais, mas também a aumentar o número de referências locais no seu portefólio, aumentando a oferta. Na prática, os supermercados vão ter mais 25% de vinho brasileiro nas prateleiras, e os outros estabelecimentos retalhistas vão dedicar mais 15% do seu espaço aos néctares nacionais. O objetivo é aumentar as vendas de vinho brasileiro de 19 milhões de litros anuais para os 40 milhões nos próximos quatro anos.

Esta medida vem ao encontro das notícias que já circulavam em Portugal e que davam conta que as medidas de salvaguarda não iriam avançar, nem sob a forma de taxas, nem de quotas de importação. Frederico Falcão, presidente do IVV, avançou à Enovitis na semana passada, durante a apresentação à imprensa do salão francês Vinitech/Sifel, que tudo indicava que se tinha conseguido demover as intenções brasileiras nesta matéria. 

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