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80% dos azeites vendidos como virgem extra “não o são”

Vai ser mais fácil exportar azeite para o Brasil

Cerca de 80% dos azeites vendidos nas grandes superfícies espanholas estão incorretamente etiquetados como ‘virgem extra’, assegura o diretor-geral da empresa Oleomorillo, Juan Antonio Morillo. O responsável alerta que os azeites vendidos a dois ou três euros são apenas ‘virgem’.

Morillo sublinhou ainda que a crise que afeta o setor não desvalorizou apenas os preços do azeite, mas também o próprio produto.

“Misturar colheitas de diferentes anos ou não seguir o processo de recolha, tratamento e limpeza necessários para assegurar a qualidade, resulta nestes casos em que se vendem azeites cujo produto não corresponde ao rótulo”, explicou o responsável.

 

Juan Morillo relembrou ainda que o processo de produção do azeite virgem extra custa ao agricultor mais de quatro euros, tendo posteriormente de ser embalado e vendido, e que a grande distribuição ainda “ganha uma margem”, pelo que “é impossível que o barato seja bom”.

Para o diretor da Oleomorillo o problema também está no consumidor que “não sabe distinguir um virgem extra, que é um azeite sem defeitos e aromático, daquele com alguma falhas e aroma mais velho e amargo”.

 

Em relação à saúde dos consumidores, Morillo alertou ainda para os benefícios do virgem extra.

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