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15º Congresso APLOG: Casos de sucesso na exportação

15º Congresso APLOG: Casos de sucesso na exportação

O último painel do Congresso da APLOG foi dedicado à apresentação de casos de sucesso na exportação, pela voz dos seus responsáveis de topo. Foi a prova de que a logística hoje, e ao contrário do que acontecia há alguns anos atrás, é reconhecida ao mais alto nível.

No chamado “Painel dos Presidentes/CEOs” estiveram presentes os responsáveis máximos de três empresas, todas elas ativamente exportadoras: Corticeira Amorim, Sumol+Compal e Bosch Termotecnologia / Vulcano.

A cortiça é um dos produtos de marca de Portugal e um daqueles onde Portugal assumiu desde cedo um papel relevante como exportador. No entanto, até aos anos 60 Portugal limitava-se a exportar matéria-prima e só a partir desta data começou a trazer para o país a industrialização das matérias-primas. Como explicou António Rios Amorim, Presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim, no final dos anos 80, Portugal era já o maior transformador de cortiça a nível mundial.

 

No início da década de 90, a Corticeira Amorim deu um passo fulcral e optou pela internacionalização. Hoje, dois terços do seu volume de negócios são produzidos pelas centrais de distribuição que possui em mais de 20 países. A expansão da empresa pela via da internacionalização passou pela aquisição de empresas externas e pelo estabelecimento de parcerias. “Passámos a controlar a cadeia de valor, desde a matéria-prima até ao consumidor final e foi aqui que a logística ganhou importância”.

Na Corticeira Amorim, os custos logísticos são os terceiros mais relevantes da operação. Sendo um produto leve, o produto apresenta a particularidade de ser muito volumoso. Nalguns países, a empresa opta por fazer a logística dentro de portas, noutros mantém parcerias com operadores especializados.

 

António Rios Amorim deixou claro que “parte do sucesso que estamos a ter hoje tem a ver com o esforço de internacionalização que realizámos a partir dos anos 90”, mas alertou para a complexidade e risco deste passo. “Por vezes, devido a ambição a mais ou financiamento a menos, o momento de entrada nos mercados externos pode ser a ruína das empresas que arriscam”. Por isto, aconselhou as empresas a munirem-se de capacidade financeira para suportar os primeiros anos e a não descurarem o papel fundamental que a logística pode ter neste processo, ajudando a tornar variáveis os custos.

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