A Secretaria de Estado das Pescas, a ANICP – Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe e a Sonae MC promoveram as conservas nacionais na iniciativa ‘Conservas de Portugal – Vamos Conservar o que é Nosso’, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.
“A Secretaria de Estado das Pescas, a ANICP – Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe e a Sonae MC levaram a cabo a primeira iniciativa de divulgação do programa ‘Conservas de Portugal – Vamos Conservar o que é Nosso’, na feira das Conservas da Loja Continente do Centro Colombo, com vista a promover o consumo de conservas nacionais em prol da economia e da sustentabilidade do pescado”, detalha um comunicado dos responsáveis pela iniciativa promocional.
De acordo com o mesmo documento, as conservas portuguesas de peixe fabricadas em Portugal, tendo em conta a atual valorização dos alimentos em conserva e a forte atividade do setor, “exportam anualmente cerca de 70% da produção, correspondente a 43 mil toneladas, no valor de 226 milhões de euros”.
Entre as espécies mais exportadas estão o atum, seguido da cavala e da sardinha. Atualmente, os principais destinos de exportação são os mercados de França, Itália, Reino Unido, Estanha, Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Suíça.
A fileira produz atualmente 62 mil toneladas, 30% das quais para o mercado nacional, e é responsável por 3500 postos de trabalho diretos, 90% dos quais ocupados por mulheres.
“Portugal importa atualmente 57 mil toneladas de conservas de peixe no valor de 206 milhões de euros. Se cada português, nas suas compras, substituísse 10 latas de conservas importadas por 10 latas de conservas nacionais por ano, a economia portuguesa teria um incremento de 60 milhões de euros”, destaca o documento.
“O Continente privilegia e protege os produtores nacionais desde sempre. Todas as conservas de peixe Marca Continente, desde o atum, às sardinhas passando pela nossa gama de especialidades, são produzidas em Portugal. É para nós um orgulho poder enaltecer a qualidade destes produtos, e aquilo que representam e que está tão diretamente enraizado nas nossas tradições piscatórias e acima de tudo na nossa Portugalidade”, explica Tiago Simões, diretor de marketing da Sonae MC.
“É inegável que 2020 tem sido um ano surpreendente, e, durante os meses de estado de emergência, o volume de vendas de conservas de peixe cresceu consideravelmente. As famílias portuguesas consumiram mais 43% destes produtos que no mesmo período do ano anterior. Prevemos que a tendência do aumento do consumo se mantenha até ao final do ano”, acrescenta o responsável da Sonae MC.
Perante a pandemia de coronavírus, a venda de conservas na grande distribuição teve um incremento em março entre os 130% e os 140%, tendo abrandado nos dois meses subsequentes, com a retoma de volumes de vendas em junho.
“Através da iniciativa ‘Conservas de Portugal – Vamos Conservar o que é Nosso’ a ANICP pretende aumentar a divulgação e notoriedade das conservas de peixe portuguesas, criando condições para que os consumidores façam uma escolha informada, fomentando a preferência dos portugueses pelo consumo de produtos de origem nacional”, destaca o comunicado.
Para José Maria Freitas, presidente da ANICP “a realização de uma campanha abrangente e coletiva traz benefícios para toda a indústria, permitindo a presença conjunta das marcas em ações e iniciativas estratégicas e promovendo uma melhor rentabilização dos recursos financeiros, mas também, que as conserveiras beneficiem, individualmente, da exposição e mediatização decorrente das ações que foram pensadas para promover e aumentar a notoriedade do setor conserveiro português”.
A campanha, com a assinatura ‘Vamos conservar o que é nosso’, tem como propósito sensibilizar o público para os produtos da pesca e da aquacultura sustentáveis, apresentando as conservas enquanto “exemplo distintivo de tradição e excelência da indústria e superioridade do peixe”.
Os responsáveis pela iniciativa promocional, concluem referindo que “uma das respostas para os desafios criados pela atual conjuntura passa pela dinamização do mercado interno e pela valorização da oferta nacional. Através da campanha ‘Vamos Conservar o que é Nosso’ e da atribuição do selo ‘Conservas de Portugal’ às conservas de peixe nacionais, pretende-se valorizar e diferenciar as conservas portuguesas face às internacionais, promovendo junto dos seus consumidores os seus benéficos e atributos especais”.