O Parlamento Europeu reuniu esta semana (16 de março) em Bruxelas vários cientistas, políticos, profissionais de saúde, consumidores e indústria para discutir a importância das porções na alimentação e da melhoria dos hábitos de consumo em termos quantitativos.
Numa nota enviada às redações, a Nestlé refere que a necessidade deste debate advém do facto de ter já sido estabelecido que “as porções alimentares inapropriadas constituem o principal contributo para o desenvolvimento de desequilíbrios alimentares em todo o mundo – conduzindo a problemas de saúde, incluindo obesidade e défices nutricionais.”
“A ciência tem-nos mostrado que o controlo do tamanho das porções é central nas estratégias de gestão de peso. A ingestão de energia pode ser reduzida ao adotar novas normas relacionadas com as porções e com os comportamentos alimentares em geral. Regulamentar o tamanho de porções das embalagens é fácil. Regulamentar o tamanho das porções da maioria dos produtos alimentares consumidos em casa é um desafio totalmente diferente que deve ser levado a sério em cada casa, em cada cozinha”, defende o Professor Mike Gibney, da Universidade College, de Dublin.
Os participantes neste encontro têm ainda por missão debater o curso das investigações científicas nesta área, as implicações possíveis na saúde pública e potenciais iniciativas a desenvolver junto do público-alvo, assim como o impacto desta informação nos hábitos de consumo mais saudáveis.
Para Anna Maria Corazza Bildt, eurodeputada da Suécia, e anfitriã da convenção, “alertar para o tamanho das porções, em alinhamento com as recomendações de alimentação saudável, é uma oportunidade única de ajudar os consumidores. Estudos concluem que as estratégias de gestão de porções devem fazer parte de um esforço multidirecional e multissetorial para melhorar a saúde. A convenção de hoje representa o primeiro passo para transformar estes estudos em práticas que melhorem os hábitos alimentares.”