A utilização de cartões virtuais MB Net e MB Way, para pagamentos online, aumentou em 2017, de acordo com o Estudo da Economia Digital em Portugal, da ACEPI.
Desenvolvido em conjunto com a IDC, o trabalho refere que a quota de utilizadores daqueles meios de pagamento (MB Net e MB Way) é de 42%, praticamente a mesma do PayPal, 41%. Contudo de acordo com a apresentação disponibilizada pela associação, o referido aumento não aparece quantificado.
Durante o Portugal Digital Summit, a entidade confirmou, baseada no estudo, que 90% dos compradores online portugueses diz já ter utilizado a transferência bancária, como meio de pagamento em eCommerce, como meio de pagamento.
Segue-se o Multibanco, por 74%, e o cartão de crédito com 68% de quota. Mais de 7,5 milhões de portugueses utilizaram a Internet para diferentes atividades em 2017, mas apenas cerca de 3,5 milhões realizaram compras online, segundo a ACEPI.
Em suma, 34% dos portugueses fizeram compras online durante 2017, observando-se diz a associação “um crescimento acentuado. Apesar disso mantém-se a distância relativamente à média da UE, acrescentou.
A maioria dos consumidores nacionais faz compras através do computador, 97%. Mas um número crescente utiliza telefone móvel, 62%, segundo as projeções citadas e provenientes do estudo.
O valor total do comércio eletrónico, entre empresas e consumidores (B2C), em Portugal ultrapassou os 4,6 mil milhões de euros em 2017. Observou-se um crescimento de 11,3% face a 2016, diz a ACEPI.
As vendas para organizações (B2B) ultrapassaram os 70 mil milhões de euros em 2017, um crescimento de 11,1% face a 2016.
 Não obstante a tendência de crescimento do comércio online prevista, a despesa por com compras na Internet continua semelhante aos anos anteriores. Quase 40% dos consumidores indica que a sua está entre 100 e 500 euros. E cerca de 15% dos portugueses gastam mais de mil euros.
São poucos os portugueses, perto de 3%, que apenas recorrem a sites internacionais. Neste contexto os da China, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos agregam as preferências dos utilizadores nacionais. E mais de um terço dos consumidores online portugueses adquirem produtos em sites localizados na China, diz a ACEPI.
No geral os produtos de distribuição física mais adquiridos com recurso à Internet, são os de vestuário, acessórios de moda, equipamentos comunicações móveis e acessórios.
Esse comércio perdeu peso relativo face à compra de produtos de distribuição online, a qual já representa mais 50%. As mobile apps (21%), os jogos digitais (19%) e a música (17%) são as categorias mais com quota mais relevante, no segmento.
De acordo com a ACEPI, alojamento (58%), transporte de longo curso (47%) e bilhetes de espetáculos (35%) são os serviços mais adquiridos. Seguem-se os serviços de comunicações, serviços financeiros (21%), os serviços de táxi e plataformas de transporte privado (20%) e de estacionamento (17%).
No âmbito da operações de exportação, a ACEPI nota que o número de clientes internacionais cresceu nas vendas online das empresas portuguesas. E que perto de 18% das vendas já são realizadas para o exterior.