A grande parte dos consumidores portugueses compara os preços, na maioria das vezes, antes de realizar uma compra (48%), com 5% a afirmar que faz essa comparação apenas em compras de valores mais elevados, considerando esse fator mais importante em decisões financeiras significativas.
De acordo com o estudo da Escolha do Consumidor, no âmbito Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que se comemora a 15 de março, 2% dos inquiridos revelou ainda que raramente compara os preços, enquanto 1% referiu que nunca realiza essa comparação, optando por outros critérios na sua decisão de compra.
Quanto ao tempo despendido nesta ação, a maioria dos consumidores dedica entre 5 e 15 minutos do seu tempo antes de realizar uma compra (42%). Já 30% dos inquiridos afirmou investir um pouco mais de tempo para avaliar as diversas opções e encontrar a melhor oferta no mercado, ou seja, entre 15 e 30 minutos. Apenas 13% dedica mais de 30 minutos ao processo.
Em contrapartida, 14% dos inquiridos referiu que realiza essa comparação de forma mais rápida, levando menos de 5 minutos para decidir o que vai adquirir. Uma pequena percentagem afirma também não ter o hábito de comparar os preços antes de comprar qualquer tipo de produto ou serviço no seu dia-a-dia (1%).
Relativamente a ferramentas utilizadas para fazer a comparação de preços, 33% disse recorrer a websites comparadores de preços, 23% referiu visitar lojas físicas para comparar os preços presencialmente e 21% aproveita os folhetos promocionais para identificar ofertas e descontos.
Segundo a análise, 48% dos participantes no estudo recorrem a estas promoções frequentemente, mas apenas quando realmente precisam de um determinado produto ou serviço e 33% tentam aproveitar todos os descontos disponíveis sempre que possível.
Aplicações especializadas em comparação de preços e a análise entre diferentes marketplaces também são mencionadas por alguns dos consumidores (8% e 7%, respetivamente). Além disso, 4% afirmou basear-se em redes sociais, como grupos online e recomendações de influenciadores. Os restantes inquiridos preferem outros métodos para comparar os preços antes de fazerem uma compra (4%).
No que diz respeito ao poder de compra no decorrer dos últimos meses, 47% dos portugueses declarou que este permaneceu estável e sem grandes variações no seu orçamento. Contudo, 26% verificou uma ligeira redução, sentindo até algum impacto nas suas despesas. Por outro lado, 15% relatou um aumento no seu poder de compra, mantendo ou inclusive melhorando o padrão de consumo. Para 12%, a capacidade financeira diminuiu consideravelmente, levando alguns dos participantes a enfrentar maiores dificuldades para manter os hábitos de consumo.
 O questionário foi respondido por 257 portugueses e teve como objetivo avaliar as tendências de consumo dos portugueses, nomeadamente no que toca à comparação de preços e evolução do poder de compra.