“O contributo notável das startups para os avanços na oferta de soluções inovadoras” da banca é reconhecido pelos bancos que foram, de facto “as primeiras fintech, na medida em que foram as primeiras empresas de tecnologia financeira”, disse o presidente da APB, Faria de Oliveira, no Fórum Banca 2018.
Os bancos, defendem, segundo o mesmo, “soluções de parceria” que “serão as mais benéficas tanto para os consumidores, como para bancos e agentes inovadores”, sejam quais forem as modalidades encontradas.
Contudo, falando de pressões externas e internas existentes para o sector bancário, o responsável lembra que os bancos exigem “neutralidade regulatória”. “Independentemente da natureza do operador, é a atividade que este exerce que deve ser regulada e supervisionada. Tem de ser garantido um level-playing field a todos os competidores”, explicou. Para Faria de Oliveira, para a mesma atividade tem de haver os “mesmos riscos, mesmas regras, mesma supervisão”.
A transformação digital, “que induziu uma larga parte da alteração dos comportamentos dos consumidores, surge tanto como um fator de pressão de natureza externo como interna na mudança estrutural da banca”, assinalou.
 Para a mesma atividade tem de haver os “mesmos riscos, mesmas regras, mesma supervisão”, assinala Faria de Oliveira.
Mas especificamente, entre aqueles de origem externa, o presidente destacou a concorrência dos novos entrantes, principalmente na área dos pagamentos e do crédito.
E face ao empoderamento do consumidor, considerou que “o foco da atividade da banca da nova era é, em primeiro lugar e sem qualquer margem de dúvida, a centragem no cliente”.
Faria de Oliveira sublinhou ainda a posição de vantagem das grandes plataformas tecnológicas capazes de combinar os dados bancários do consumidor com a informação não financeira que dele têm.
 “Aquilo que entendemos é que igual facilidade deveria ser dada aos bancos, pelo que defendemos que se evolua do conceito de open banking para open data economy“, declarou.