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Editorial

Nova era do retalho?

Nova era do retalho?

“A Nova Era” é um termo comummente usado para nos referirmos a mudanças culturais, sociais ou tecnológicas que são transformadoras e voltadas para o futuro. A expressão, em sentido lato, caracteriza um período de grandes avanços globais, como a era digital, os movimentos ambientais ou mudanças significativas nos valores e perspetivas da sociedade. No retalho, porém, a expressão é integrada… numa base diária.
Numa análise aos últimos anos, num momento em que mais do que outrora o bater de asas da borboleta faz “estragos” no lado oposto do mundo, as novas eras têm‑se sucedido, com impactos significativos na forma de pensar o futuro do setor. Não entrando em detalhe, é facto que hoje vivemos um período – tal como sempre, talvez – caraterizado pela dificuldade de conciliação de aspetos do avanço tecnológico com a experiência humana.
E se neste espaço, em edições passadas, questionei o tema da humanização, como se ela, a nossa humanidade, nos tivesse escapado, é também facto hoje que precisamos de “defender” a nossa humanidade, não das máquinas, mas de nós mesmos. Num momento de clivagens acentuadas, de dúvidas constantes e desafios externos que se somam todos os dias, manter os pés na terra é essencial para não sair de órbitra. E talvez nenhum outro setor o esteja a conseguir fazer tão bem.
Se o cliente está sempre no horizonte de atenção do retalho, é hoje facto que trabalhamos diversas personas de consumo, com diferentes exigências, particularidades, necessidades e crenças, pelo que responder às “novas eras” de cada um se torna num espetáculo de diversidade. A individualidade do cliente no aglutinado da massa é hoje um aspeto central em qualquer estratégia de retalho.
Do retail media ao trabalho dos inputs do consumidor, do pagamento à fluência da jornada de compra, do papel das lideranças aos desafios dos recursos humanos, da evolução tecnológica ao papel da entrega ao consumidor, todos os eixos integram hoje uma qualquer estratégia de impacto ao consumidor. Defendamos, pois, enquanto setor, esta resposta necessária, focada e orientada para o cliente, para a concorrência saudável, a partilha de conhecimento e crescimento coletivo.
Durante os próximos dias estaremos, juntamente com dezenas de retalhistas e algumas centenas de participantes, a discutir, no InRetail Congress, os movimentos presentes e futuros do retalho. Sirvamo‑nos destes dias de partilha para construir pontes que nos unam na diferença e nos ajudem a pavimentar uma estrada que queiramos todos percorrer juntos na nossa individualidade.

 

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