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“Se o ‘marketplace’ fosse uma loja FNAC, encontrar-se-ia no TOP10 em termos de volume de negócios”

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Sete anos depois de ter ‘aberto portas’, o marketplace da FNAC conta já com mais de 600 vendedores e 6 milhões de referências. Em entrevista à DISTRIBUIÇÃO HOJE, Paula Alves, diretora de E-commerce da FNAC Portugal, fala da plataforma que abriu o caminho para o conceito de marketplace em Portugal e que prevê alcançar este ano um total de 70 milhões de visitas.

O marketplace da FNAC está a celebrar sete anos de operação. Que balanço faz destes primeiros anos de atividade?
O marketplace FNAC foi uma das primeiras plataformas do género a existir em Portugal, quando ainda poucos falava sobre o conceito de marketplace. Tem sido um processo desafiante e de descoberta, mas atualmente temos cerca de 60 milhões de visitas anuais, com seis milhões de produtos disponíveis e somos a maior loja de eletrodomésticos do país, números que nos deixam muito satisfeitos.

 

O marketplace é, por isso, um grande orgulho para a FNAC Portugal, não só por criarmos soluções para as empresas e marcas portuguesas que pretendem ter presença online, mas também pela ampla gama de produtos que disponibilizamos aos nossos clientes. Ainda há muito por fazer e temos a ambição de aumentar a oferta de livros, por exemplo, de forma a contribuir para o desenvolvimento dos hábitos de leitura dos portugueses.

Que desafios vos trouxe a pandemia?
A pandemia e, em particular o período de confinamento, foi um excelente ‘teste de stresse’ quer para os nossos sistemas, quer para as nossas operações. Felizmente, foi um teste que superámos com sucesso já que o nosso site manteve-se sempre no ar e as nossas operações nunca pararam graças à extraordinária capacidade de adaptação das nossas equipas de loja que prontamente vieram apoiar as equipas logísticas e de Customer Care. Este período trouxe-nos uma maior dedicação e empenho na melhoria da experiência online dos nossos clientes, quer do ponto de vista do prazo de entrega, quer da segurança dos produtos e ainda a expertise da nossa equipa.

 

Atualmente, quantos comerciantes estão presentes no marketplace da FNAC?
Temos cerca de 600 vendedores e cerca de 50% são portugueses. Em relação aos clientes, 40% dos clientes da fnac.pt já experimentou o marketplace, o que significa que a plataforma e o importante alargamento da oferta têm-nos permitido chegar junto de novos públicos e angariar novos clientes.

Que empresas procuram o marketplace da FNAC? São, sobretudo, pequenos negócios?
Procuram-nos e procuramos vários tipos de empresas, desde produtores e marcas em direto, pequenos comerciantes até grande players de e-commerce internacionais.

”Este ano esperamos um crescimento superior a 50%, muito impulsionado pelo período de confinamento”
 

E o que é que os consumidores mais procuram no vosso marketplace? Quais são as categorias mais compradas?
O período que atravessámos levou a uma grande procura por câmaras, auscultadores, microfones, impressoras e até secretárias, cadeiras e descansos para pés de modo a equiparem a sua casa com tudo o que necessitavam para assegurar o teletrabalho. Também as arcas congeladoras e todos os eletrodomésticos de forma transversal, desde a cozinha ao cuidado ao pessoal. Numa vertente mais lúdica, os jogos de tabuleiro e puzzles acima de 1000 peças também tiveram muita procura.

O setor do entretenimento tem vindo a ter algum destaque, incluindo os livros, que foi um dos mercados que mais sofreu com o confinamento. Durante o verão, assistimos a uma procura por piscinas, mobiliário de exterior, para que as pessoas pudessem tirar partido da sua casa em tempo de férias. Os equipamentos de cardiofitness, as máquinas de costura e as lancheiras elétricas foram as tendências que mais nos surpreenderam. A integração do marketplace na fnac.pt é muito interessante precisamente pela ampla gama de produtos que oferece e por nos permitir assegurar a disponibilidade de produto à medida que as tendências e as necessidades dos nossos clientes vão mudando.

 

fnac_marketplaceAtualmente como é feita a entrega dos produtos comprados na plataforma? Já é possível levantar as encomendas nas lojas FNAC, por exemplo?
São os próprios e-sellers que escolhem os métodos de transporte que disponibilizam aos clientes. Neste momento ainda não é possível fazer o levantamento das encomendas marketplace nas lojas FNAC, mas é algo que está nos nossos planos para breve.

Quantas visitas recebe o vosso marketplace por ano?
Em 2019, o site fnac.pt teve cerca de 60 milhões de visitas anuais e este ano estimamos ultrapassar os 70 milhões.

E qual foi o volume de negócios gerado pelo marketplace da FNAC no último ano?
O marketplace representa um quarto das vendas globais da fnac.pt e nos últimos quatro anos tem crescido solidamente a dois dígitos. Se o marketplace fosse uma loja FNAC, encontrar-se-ia no TOP10 em termos de volume de negócios. Este ano esperamos um crescimento superior a 50%, muito impulsionado pelo período de confinamento.

” O futuro do e-commerce passará não só, mas também por estes ‘centros comerciais virtuais’, pois é conveniente poder agregar várias categorias de produto num único carrinho de compras e num site que tem muito tráfego e garantia de segurança nos meios de pagamento e pós-venda

O ecossistema do e-commerce mudou muito nos últimos sete anos. Quando lançaram o marketplace praticamente não existia concorrência. O que é que tem feito com que estes ‘centros comerciais virtuais’ sejam tão atrativos?
É uma solução atrativa por termos condições competitivas para os eSellers, se formos comparar com a criação de site de e-commerce de raiz, por exemplo. Além disso é uma montra para produtos de pequenos e médios negócios que sabem à partida que o marketplace FNAC é um espaço com centenas de milhares de visitas diárias. O acompanhamento que damos aos nossos eSellers é também um fator muito apreciado pelos eSellers com que contactamos.

O futuro do e-commerce pode passar por estes ‘centros comerciais virtuais’? No futuro, os retalhistas poderão deixar de ter lojas próprias no online e passar a agregar-se nestes ‘centros comerciais virtuais’?
O futuro do e-commerce passará não só, mas também por estes ‘centros comerciais virtuais’, pois é conveniente poder agregar várias categorias de produto num único carrinho de compras e num site que tem muito tráfego e garantia de segurança nos meios de pagamento e pós-venda. Deverá ser visto como um canal adicional de vendas – não necessariamente substituto – à disposição dos retalhistas, especialmente importante para os que dão o primeiro passo rumo a digitalização.

Que novidades estão a preparar para o marketplace da FNAC nos próximos meses?
Depois do lançamento da nova área de Bricolagem, Jardim e Pets no mês de maio, que foi preparado em plena pandemia e com todas as equipas em trabalho remoto, contamos lançar uma nova área de negócio ainda este ano.

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