Os hábitos dos consumidores estão em constante alteração. Para acompanhar as mudanças, conheça as principais tendências para este ano, compiladas pelo Euromonitor International, e perceba o que pode fazer para adaptar a sua estratégia.
Automação autêntica
Alteração: Os consumidores estão cada vez mais confortáveis a interagir com robots para resolver os seus problemas, principalmente nas faixas mais jovens, onde isso já acontece em oito em cada dez consumidores com menos de 29 anos. Ao mesmo tempo, os consumidores anseiam por uma conexão emocional genuína que os valorize e respeite. Os consumidores querem interagir com humanos e máquinas, mas por motivos diferentes e em pontos específicos no caminho de compra.
Possível adaptação: Várias empresas estão a apostar na robótica para atualizar as operações internas (backend) e automatizar tarefas manuais, enquanto os humanos conduzem interações de alto contacto. É preciso ter cuidado para não ter um excesso de automação uma vez que pode comprometer as interações com as marcas.
Compradores Cautelosos
Alteração: Com a estabilidade financeira em risco, os consumidores estão mais dispostos a realocar gastos ou economizar em certas compras. Há quem mude para o comércio eletrónico para evitar despesas de transporte e encontrar os melhores preços. De notar, por exemplo, que em 2022, 75% dos consumidores não planearam aumentar os gastos gerais.
Possível adaptação: A pressão é sentida pelas empresas, que estão a trocar matérias-primas, reformular produtos e ver margens de lucro a encolher. Racionalização de stocks, estratégias de preços atualizadas, investimentos reestruturados e otimização da cadeia de abastecimento são medidas adotadas para responder aos novos hábitos de compra. Outra aposta é o fornecimento de opções de compra como o Buy Now, Pay Later e programas de recompensas, entre outros, para manter a lealdade do cliente.
Controlar o tempo de ecrã
Alteração: O uso excessivo das redes sociais tem sido associado a períodos de atenção reduzidos e a um risco maior de problemas de saúde mental. Fruto disso, mais de um quinto dos consumidores, no ano passado, eliminou as contas que não usavam com frequência. Cada vez existe uma maior seletividade sobre como o tempo de ecrã é gasto.
Possível adaptação: Investir e oferecer soluções que melhorem o bem-estar digital como, por exemplo, super apps que congregam funcionalidades.
Eco-económicos
Alteração: Face ao aumento do custo de vida, os consumidores têm apostado em comportamentos sustentáveis como compra em segunda mão, arranjos e alugueres de objetos. Por exemplo, no ano passado, já eram 34 % os consumidores que estavam dispostos a comprar objetos em segunda mão.
Possível adaptação: Apostar em serviços de revenda e aluguer, assim como de reparação. Esses fluxos de receita ajudam a reduzir o desperdício e fornecem uma solução económica para os consumidores.
Hora do Jogo
Alteração: Os gamers estão cada vez a investir mais tempo e dinheiro a enriquecer as suas experiências, com gastos em produtos a aumentar.
Possível adaptação: A aposta em patrocínios a campeonatos e jogos pode ajudar a criar uma conexão com estas comunidades virtuais e melhorar o reconhecimento da marca junto destas.
Outras tendências ao nível dos hábitos dos consumidores são: o crescimento das compras por benefício emocional, o que leva a mais compras por impulso, sendo que a aposta em campanhas que invoquem associações positivas à marca pode ajudar na captação destes gastos; o aumento de hábitos fora de casa como idas a concertos ou encontros de amigos em bares, que podem ser aproveitados com estratégias de marketing com essa ‘lente’.
Por fim, ainda temos a igualdade feminina (onde a ideia da mulher ‘perfeita’ deve ser deixada de lado pelas marcas), o bem-estar (com marketing direcionado para necessidades específicas destes consumidores) e a geração Z (a aposta deve ser numa comunicação transparente, honesta e relacionável).
