Com cerca de 46% de intenções de poupança, os portugueses são os europeus que mais demonstram vontade de poupar face a 2014 (+11%). De acordo com o estudo do Observador Cetelem, os consumidores nacionais são também os que mais negoceiam os preços desde a crise, com cerca de 77% a admitir fazê-lo, um valor acima da média europeia de 59%.
O estudo agora publicado mostra também que para além de serem os que mais negoceiam, os portugueses são os que mais prestam atenção aos preços desde da crise (91% contra uma média europeia de 83%). De resto, cerca de 31% dos consumidores do país admitem fazer compras mais inteligentes do que há cinco anos atrás, recorrendo à procura de promoções, compras de ocasião ou preços ‘low cost’.
“De uma forma geral, as intenções de poupança estão em queda ou ao mesmo nível pelo segundo ano consecutivo em todos os países europeus. Portugal e o Reino Unido, onde os consumidores tencionam poupar mais, são as únicas exceções à regra”, revela o estudo.
“Passados cinco anos desde o início da crise, nota-se uma grande evolução nas práticas de consumo e hábitos de poupança dos europeus, especialmente na dos portugueses. A reduzida folga orçamental, consequência de um contexto económico desfavorável, obrigou os consumidores a adaptarem-se e a adotarem novos comportamentos. Comparar preços, procurar as melhores oportunidades de compra e aproveitar descontos tornou-se uma prática recorrente e uma forma de poupar”, explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.
O estudo inquiriu 8 719 europeus através da Internet num total de 12 países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia.

