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Fatores não financeiros também influenciam decisões dos investidores

gráfico crescimento

Os fatores não-financeiros, incluindo os relacionados com riscos ambientais, sociais e de governance (ESG), influenciam as operações das empresas e as decisões dos investidores. A conclusão é do inquérito global ‘Tomorrow’s Investiment Rules 2.0.’, publicado pelo segundo ano consecutivo pela área de Climate Change and Sustainability Services da EY.

Segundo o estudo, que ouviu cerca de 200 investidores institucionais, a maioria dos investidores afirmam que as empresas devem fornecer-lhes informação não-financeira que evidencie os riscos mensuráveis e tangíveis que possam vir a afetar o seu desempenho ou representar uma perda potencial do investimento realizado.

O documento revela também que 64% dos inquiridos reportam que as empresas não estão a divulgar adequadamente os riscos ESG, com 39% a apelar a uma divulgação mais completa destes riscos no futuro.

“As implicações para as empresas cotadas são significativas. 36% dos investidores institucionais afirmaram que alienaram participações em empresas no último ano, devido ao risco de ociosidade dos ativos, enquanto 27% dos investidores esperam que estes riscos sejam monitorizados no futuro”, indica a EY.

Para além disso, os investidores institucionais já não consideram os riscos ESG como apenas associados às indústrias extrativas e energéticas, com 62% dos investidores inquiridos a considerarem a informação não- financeira como relevante para todas as empresas, independentemente do sector em causa, em comparação com os 34% registados no inquérito de 2014.

De acordo com a EY, os resultados do estudo permitem ainda identificar as principais áreas de preocupação dos investidores institucionais em matéria de ESG quando necessitam de tomar decisões de investimento. Assim, “em situações em que empresas demonstrem um risco ou histórico de fraco desempenho ambiental, 76% dos investidores admitem reconsiderar o investimento. Nas situações em que as empresas demonstram não ter devidamente em conta os riscos associados com a sua cadeia de fornecedores, 73% dos investidores afirma poderem reconsiderar o seu investimento. 41% admitem retirar-se imediatamente do investimento no caso de a empresa demonstrar a ausência de uma estratégia clara de criação de valor no curto, médio e longo prazo.”

Analisando por região, os investidores institucionais na Europa foram os que se mostraram mais propensos a ter uma decisão de investimento afetada por informações não-financeiras, seguidos pelos investidores na América Latina.

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