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Transportes

Transportes e Logística dos mais afetados pelos atrasos de pagamento

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A OCDE divulgou, recentemente, o relatório bianual dedicado à economia portuguesa onde refere que Portugal regista o mais elevado prazo médio de pagamentos, “refletindo em parte fragilidade na execução dos contratos”.

Uma informação divulgada pela OCDE que vai ao encontro das conclusões do estudo do EPR 2018 Industry White Paper, realizado pela Intrum, que, focando a sua análise apenas no setor dos Transportes e Logística, conclui que, em Portugal, este setor é dos mais afetados pelos atrasos de pagamento, uma vez que, os consumidores têm 25 dias de prazo de pagamento e pagam após 41 dias. As empresas negoceiam o pagamento para 49 dias, mas pagam após 65 dias. No setor público os atrasos neste setor são ainda mais alargados com o prazo de pagamento fixado nos 50 dias, mas que em média atinge os 79 dias para pagar.

 

A nível europeu, os consumidores cumprem o prazo de pagamento. Ainda assim, as empresas pagam em média 4 dias após o prazo de pagamento e o setor público, 20 dias após o prazo previsto. Comparativamente ao ano anterior, os valores registados foram iguais à exceção do setor público, em que o pagamento foi realizado seis dias após o período contratualizado.

Quase metade das empresas deste setor (49%) afirma que o pagamento mais rápido dos devedores lhes permitiria contratar mais funcionários, valor bem superior quando comparado com a média europeia, que se situou nos 20%.

 

O relatório demonstra que, em média, 3,49% da receita anual total de 2017 foi declarada como receita perdida, valor bastante superior à média europeia que foi de 1,69%.

De salientar que 71% das empresas portuguesas inquiridas confirma já ter aceite prazos de pagamento mais longos do que é aceitável, percentagem esta superior à média europeia que é de 63%.

 

O estudo da Intrum revela, ainda, que 97% dos inquiridos portugueses do setor dos Transportes e Logística refere que já foi questionado sobre a possibilidade de aceitar prazos de pagamento mais longos do que seria aceitável, valor bem superior em comparação com a média europeia de 62%.

Quando questionados sobre as principais causas dos atrasos de pagamento, as empresas europeias apontam as dificuldades financeiras (64%), o atraso de pagamento intencional (50%) e a ineficiência administrativa (48%) como principais causas, valores estes semelhantes à média apontada pelas empresas portuguesas de Transportes, que consideraram também o atraso de pagamento intencional (65%), as dificuldades financeiras (60%) e a ineficiência administrativa (55%) como os principais fatores causadores dos atrasos de pagamento.

 

Comparativamente com o ano anterior, as dificuldades financeiras (73%) e o atraso de pagamento intencional (60%) foram também as causas mais apontadas pelos inquiridos portugueses.

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