O Porto de Lisboa promoveu recentemente, na Gare Marítima de Alcântara, um conferência sobre o “Mercado Agroalimentar”, numa conferência que teve a presença do Secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, na abertura dos trabalhos, e do Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, no encerramento.
Na ocasião, foi explicado que o Porto da capital é responsável por assegurar mais de 70% das cargas de produtos agroalimentares a nível nacional, defendendo-se a importância das estruturas portuárias pelo papel que “desempenham no contexto atual de guerra na Ucrânia, um papel crucial na estabilização do fornecimento do setor agrícola e pecuário nacional, tanto mais quanto se verifica uma pressão acrescida sobre as cadeias logísticas, fruto dos aumentos de preços da energia e dos combustíveis e os efeitos da disrupção causada pela recente situação de pandemia.”
Em termos concretos, em 2021, o Porto de Lisboa registou um total de 4,4 milhões de toneladas de granéis sólidos, entre os quais 3,6 milhões de toneladas de produtos destinados à produção agroalimentar. Milho e soja foram os dois principais produtos movimentados, logo seguidos de trigo, cevada, colza e girassol.
Foi unânime entre todos os oradores nesta conferência que aumentar a capacidade de armazenagem e apostar no transporte ferroviário e no transporte fluvial são algumas das formas de aumentar a competitividade e a sustentabilidade do Porto de Lisboa, em matéria de movimentação de cargas agroalimentares.
“O Porto de Lisboa em matéria agroalimentar tem uma situação geográfica ímpar no contexto nacional, sendo este um setor em que a proximidade e os custos de transporte têm um papel decisivo”, considera-se em comunicado enviado às redações.