Há um projeto-piloto que está em teste em três localizações europeias e que pretende mapear alternativas para a entrada em funcionamento de novos modelos de last-mile. O projeto chama-se For-Freight, tem financiamento europeu, e está a decorrer, por exemplo, em Madrid. Que será o caso que iremos abordar.
Segundo o explicado pela página For-Freight, o Use Case espanhol consiste, no fundo, num projeto que visa levar mercadorias do Porto Marítimo-rodoviário (camião ou comboio) até ao Metro para distribuição de última milha.
Na prática, o projeto está dividido em ‘duas fases’ e com alguns ‘players’: Valência com a COSCO Shipping Lines Spain e parceiros da Fundación Valencia Port; e Madrid com a DHL Exel Supply Chain Spain e Metro de Madrid.
Depois de descarregados os contentores que chegam ao Porto de Valência, estes são posteriormente carregados em camiões ou comboios e transportados para o depósito da DHL na capital espanhola, onde as mercadorias são armazenadas. Após essa fase, os pacotes individuais no depósito da DHL são selecionados e agrupados e, em seguida, transportados pelo transportador para o depósito do Metro de Madrid. A partir deste ponto, cada contentor de rolos é colocado na carruagem antes de seguir para a primeira estação da sua rota, sem passageiros, onde os contentores de rolos são descarregados e os pacotes distribuídos em lockers na estação, de onde o cliente final eventualmente os retira as suas encomendas.
“A introdução do Metro de Madrid como transporte de última milha representa uma inovação central neste Use Case. Os problemas atuais que o FOR-FREIGHT resolverá são a ausência de sistemas de rastreamento de carga para visibilidade para todos os interessados envolvidos, interações bloqueadas entre sistemas e planeamento ineficiente de recursos”, explica-se na página do projeto.
