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Retalho

Sonae vê lucros descerem quase 42% no 1º semestre de 2023

Resultado líquido da Sonae desce 38,3%, apesar de subida no volume de negócios

A Sonae revelou que o resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu os 69 milhões de euros durante o primeiro semestre deste ano, menos 41,6% que no mesmo semestre em 2022. Apesar disso, o volume de negócios consolidado superou 3,8 mil milhões de euros, crescendo 12%.

Segundo explicado em comunicado, EBITDA subjacente totalizou 301 milhões de euros (M€) e margem EBITDA diminuiu 0,2pp, em termos homólogos, para os 9,1%. O grupo atribui o resultado “aos esforços contínuos para absorver parte da pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar”.

 

A Sonae viu o seu investimento atingir os 684 milhões de euros nos últimos 12 meses, um aumento de 22% resultado da expansão orgânica dos negócios e aquisições.

No semestre destaca-se o acordo com os acionistas fundadores da Druni e da Arenal para a combinação das duas empresas a qual criará um operador líder no segmento de saúde, bem-estar e beleza na Ibéria.

 

A Bright Pixel manteve a sua atividade de gestão de portefólio, com seis novos investimentos no semestre.

Em julho, o Grupo JD Sports comunicou à Sonae a sua intenção de adquirir a restante participação na ISRG, com uma valorização do capital próprio de mil milhões de euros. Esta transação implica para a Sonae um encaixe de 300 milhões de euros e uma mais-valia estimada de 175 milhões de euros. A Sonaecom também adquiriu a participação direta da Sonae na NOS por 213 milhões de euros, detendo atualmente 37,37% do capital social da empresa de telecomunicações.

 

“No segundo trimestre do ano, e apesar do volátil ambiente macroeconómico e de contextos competitivos desafiantes, a Sonae registou um desempenho globalmente muito positivo. Os nossos negócios continuaram a crescer com base em propostas de valor únicas para os nossos clientes e mantivemos a gestão ativa do nosso portefólio para criar valor para os nossos acionistas”, comenta Cláudia Azevedo, CEO da Sonae.

Análise por área

Retalho alimentar

 

A MC viu o volume de negócios a crescer mais de 3 mil milhões de euros (+13,1% em termos homólogos e um LfL de +11,4%). O EBITDA subjacente foi de 279 milhões de euros, com a margem de 9,2% a representar uma redução face ao período pré-pandemia (9,5% no 1º semestre de 2019).

Retalho de eletrónica

A Worten teve um volume de negócios de 557 milhões de euros (+6,9% em termos homólogos e um LfL de +5,5%), com o canal online a representar mais de 15% das vendas totais (em termos acumulados).

Retalho de moda

A Zeitreel alcançou um volume de negócios de 171 milhões de euros, apenas ligeiramente abaixo do valor do ano anterior.

Retalho de desporto

Entre novembro e abril, o volume de negócios total cresceu 20% e atingiu 740 milhões de euros, com um contributo positivo de todas as marcas.

Imobiliário

A Sierra registou um aumento significativo do seu Resultado Líquido total, para 38 milhões de euros. As vendas dos lojistas registaram um crescimento de dois dígitos quando comparadas com o período pré-pandemia, resultando em níveis sustentados de rendas e em taxas de ocupação consistentemente elevadas, de 98% no portefólio total e de 99% em Portugal. A área dos serviços também atingiu progressos significativos, com as receitas totais a crescerem 20%.

Outros

Nos serviços financeiros, a Universo continuou a apresentar um desempenho operacional resiliente, sustentado pela sua base de 1 milhão de clientes. No semestre a produção total aumentou 1% em termos homólogos, para 471 milhões de euros, e o volume de negócios total aumentou 28% face ao período homólogo, para 22 milhões de euros.

Nas telecomunicações, a NOS apresentou mais um trimestre com desempenho operacional e financeiro positivo. Possuiu um volume de negócios de 775 milhões de euros, +4,5% face ao semestre homólogo. Para as contas consolidadas da Sonae, o aumento da participação na NOS nos últimos 12 meses resultou num crescimento do contributo pelo método de equivalência patrimonial de 10 milhões, para 29 milhões de euros.

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