A Sonae obteve no primeiro semestre do ano um resultado líquido de 97 milhões de euros, com o volume de negócios da empresa a crescer 1% e a atingir um valor de 2 329 milhões de euros. Durante o primeiro semestre de 2015, o investimento das unidades de retalho da Sonae (Sonae MC, Sonae SR e Sonae RP) aumentou 48,6%, atingindo os 109 milhões de euros.
Ângelo Paupério, Co-CEO da Sonae, explica que “no primeiro semestre de 2015 foram dados importantes passos no desenvolvimento da estratégia da Sonae, ao mesmo tempo que se atingiram resultados globalmente muito positivos, embora traduzindo diferentes realidades no que respeita à performance dos nossos negócios.No setor alimentar, que vive uma fase de extraordinária intensidade competitiva, a Sonae MC tem vindo a adequar a sua proposta de valor, com impactos imediatos em rentabilidade mas que, no entanto, se mantém em níveis claramente superiores aos do mercado. A Sonae SR continuou a aumentar vendas por metro quadrado e apresentou uma significativa melhoria no mercado espanhol, quer na Worten, quer na Sport Zone, em contraste com a performance da área de moda, que não atingiu os objetivos esperados para a coleção de primavera/verão.”
Retalho alimentar mantém números positivos
No retalho alimentar, a empresa obteve um volume de negócios de 1 633 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um crescimento de 0,4% face ao período homólogo. Numa nota enviada às redações, a Sonae refere que “o desempenho ao nível do volume de negócios beneficiou da expansão da área de vendas, tendo a Sonae MC finalizado o semestre com mais duas novas lojas próprias de retalho alimentar.”
Para além das lojas próprias, a empresa tem apostado na expansão através dos formatos de franquia, nomeadamente Meu Super, Well’s, Bom Bocado e note!. Assim, nos primeiros seis meses do ano, o Meu Super alcançou 162 lojas.
A Sonae explica ainda que “a atividade promocional suportada pelo cartão de fidelização do Continente continua a ser uma vantagem competitiva distintiva”, com as vendas através do cartão a representarem, no primeiro semestre de 2015, mais de 90% das vendas totais. Para além destas, também as vendas online mantiveram uma tendência de crescimento, com um aumento de 11% face ao ano passado.
Internacionalização é a aposta para o retalho especializado
O retalho especializado da empresa, por sua vez, conseguiu um volume de negócios de 582 milhões de euros no período em análise, um incremento de 0,4% e um aumento de 4,4% das vendas por metro quadrado. Neste segmento, a empresa mantém a sua aposta na internacionalização, tendo registado um aumento de 5,1% no volume de negócios da unidade internacional.
Nos primeiros seis meses do ano, a Sonae SR continuou a implementar novos conceitos de loja, investindo em desenvolvimento de produto e implementando uma experiência omnicanal. “ Os novos conceitos de loja têm confirmado o seu sucesso, contribuindo para melhores níveis de serviço e elevados graus de satisfação. Como principais concretizações do semestre, destaca-se o crescimento contínuo das vendas online consolidadas, impulsionado pelas plataformas de e-commerce de todos os negócios”, revela a Sonae em comunicado.
A Sport Zone aumentou as vendas numa base comparável em 1%. A Worten reforçou em 40 bps a sua quota de mercado em Portugal e, em Espanha, continuou a evidenciar sinais positivos de recuperação, tendo iniciado recentemente uma operação de rebranding, mais adaptada ao posicionamento da insígnia neste mercado.
Para além disso, e no âmbito da estratégia de internacionalização, a Sonae SR prosseguiu com o crescimento através dos formatos capital light, com a entrada, em junho de 2015, na Arábia Saudita, com a MO. Esta nova geografia estende a presença da marca MO a quatro países, para além de Portugal, e marca a entrada da insígnia na região do Médio Oriente, onde a Sonae SR já se encontrava presente através da Zippy.
Nos centros comerciais geridos pela Sonae Sierra, as vendas dos lojistas aumentaram 37 milhões de euros, 1,8% face ao período homólogo, totalizando 2 081 milhões de euros. A taxa de ocupação também melhorou e alcançou 95,8% nos primeiros seis meses do ano.
