Segundo um estudo da Jones Lang LaSalle, os operadores de retalho estão a recuperar a sua confiança no mercado nacional, mostrando-se mais optimistas para 2010. Um volte-face às mudanças sentidas em 2009 no sector.
O consumidor ávido e compulsivo deu lugar a um mais racional, que procura mais informação sobre os produtos que procura adquirir, compara preços e analisa quais as vantagens em ser cliente de determinado lugar. A crise económica funcionou como uma chamada de atenção para todos e os desafios, ultrapassados em 2009, mudaram a mentalidade tanto de operadores como de colaboradores.
A amostra da Jones Lang LaSalle foi composta por 100 marcas, sendo 60% de origem portuguesa, 11% espanhola e 5% francesa. À excepção dos Países Baixos e República Checa todas as marcas inquiridas têm planos de expansão num prazo de um ano.
Das marcas respondentes, 66% dos inquiridos registaram um comportamento positivo no volume de vendas, face a 34% que contabilizaram volumes de vendas abaixo dos registados em anos anteriores. Nota-se um sentimento optimista para o próximo ano, 52% das marcas inquiridas prevêem um aumento no seu volume de vendas e 40% esperam uma estabilização.
Em Portugal, o segmento de moda/complementos confere uma grande importância para o mix do conhecimento comercial. O segmento de centros comerciais é líder de mercado, contabilizando 79% do total de oferta comercial, seguindo-se o segmento de retail parks com 15% do total da oferta comercial em Portugal.
As regiões da Grande Lisboa e Grande Porto são os grandes pólos comerciais, concentrando 48% do total da oferta comercial e 55% da oferta de centros comerciais. Por sua vez, a região Centro concentra 44% da oferta actual de retail parks, seguida da Região Norte com 29%.
Caso avancem todos os projectos confirmados, para os próximos três anos, está prevista a entrada de cerca de 894.800 m² de oferta nova.