A venda de bens de consumo tecnológicos em Portugal cresceu 3,4% em 2016. De acordo com dados da GfK, este é “um sinal de retoma das compras dos portugueses nestes produtos em parte causado pelo maior dinamismo do setor imobiliário”.
Como refere a empresa, nos grandes eletrodomésticos, as vendas cresceram 8,1% e nos equipamentos de telecomunicações o crescimento das vendas foi de 6,7%. Os segmentos de fotografia e informática, por sua vez, “apresentaram as piores performances do ano, com quedas nas de vendas de 10% e 5,1%, respetivamente.”
“A tendência atual que a GfK está a evidenciar parece estar numa divisão entre os consumidores que abandonaram as máquinas fotográficas para usarem os smartphones para fotos e, por outro lado, os consumidores que reforçam e melhoram a sua utilização das câmaras fotográficas. Assim, apesar de vermos uma queda acentuada na procura por câmaras, os consumidores de máquinas procuram novas lentes intermutáveis, dando assim uma nova vida às suas câmaras. No entanto, não é suficiente para fazer crescer este mercado”, refere o estudo.
Por outro lado, ficamos a saber que o ano de 2016 “foi particularmente positivo para o segmento das televisões, potenciado também pelo evento ‘Euro 2016’, crescendo 6,8% em valor, face a 2015.”
Outra das tendências que se tem vindo a verificar ao longo dos últimos anos, é que os portugueses compram menos computadores portáteis. Em 2016 não foi diferente. Os tablets seguem a mesma dinâmica, com uma quenta de 25% em valor face ao período homólogo.
Ao nível dos grandes eletrodomésticos, as vendas de retalho registaram um aumento de 8,1%. “A substituição de equipamento velho e o maior dinamismo do mercado imobiliário – ligado à reconstrução e venda de casas – continua a ser o motor do crescimento desta categoria. Uma das consequências é o crescimento acentuado dos produtos de encastre, uma tendência forte em Portugal”, acrescenta a GfK.
Nos pequenos eletrodomésticos, o maior crescimento foi para os produtos sazonais, que fizeram o segmento acelerar 6,9% no último trimestre e 5,4% no total do ano.
